Como foi usar o kobo por seis dias
Salve, pueblo.
Sexta-feira viajei para São Paulo, ministrei um curso no sábado, me fui para Campinas – andei de ônibus Cometa – e lá treinei mais duas turmas na segunda e terça-feira.
E sempre acompanhado pelo Kobo que comprei na quinta-feira passada (leia Virtualizei minha biblioteca; viva o ebook).
Eu li durante esse período apenas um livro, a biografia do Steve Jobs:
a) LEVE. Durante o curso de sábado tinha uma menina lendo, nos intervalos, um livro de 700 páginas. Bah, sem comparação a leveza que é um eReader comparado com um tijolo daqueles que deve detonar coluna, costas, braços etc. Muito mais prático. E saudável.
b) SUBLINHADOS. Todos os sublinhados (marcações no texto) podem ser acessados de imediato. Não preciso mais folhear o livro inteiro para encontrar minhas anotações.
Os bundões técnicos de suporte do Kobo foram rápidos quando perguntei por email como salvar essas marcações:
“Em resposta ao seu email onde o senhor gostaria de saber se há como exportar suas anotações para algum tipo de arquivo, venho informar que infelizmente não há esta opção. O senhor pode fazer anotações e destaques e as mesmas ficarão reunidas e associadas aquele ebook específico. Entretanto não é criado um arquivo para as anotações.”
Mentira: é criado um arquivo dentro da pasta do kobo \Digital Editions\Annotations com o nome do livro. Basta baixar o Calibre (magnífico software freeware) e copiar tudo para o Word.
c) FÁCIL DE SUBLINHAR. Sublinhar o texto estava sendo um suplício. Fui reclamar na Livraria Cultura, no sábado à noite, e mostraram que eu estava fazendo errado. Sorri e dei um beijo na moça, pois estava sendo desgastante arrastar ponteirinho pra lá e pra cá.
d) ACESSÓRIOS. A capa era R$ 29,00 no lançamento. Quando fui comprar já estava em R$ 34. Isso será um filé econômico gigantesco para Cultura, pois o carregador externo (para dispensar carga via USB) custa R$ 64. Será um mar de periféricos que trará mais dinheiro do que todo o resto.
e) BATERIA. Consumiu apenas 50% da carga durante os seis dias. Achei bão. Não vi televisão, não jantei, nem nada para ler as 650 páginas que terminei na segunda-feira à noite. Hard use.
f) UNDELETE. Criei algumas prateleiras virtuais para classificar os livros e, sem querer, apaguei o livro. PQP, desespero. Descubri que o Kobo usa o SQLite como sistema gerenciador de dados. Fuçei, mexi mas só com o Recuva consegui restaurá-lo e descobrir onde estavam as anotações.
Estou gostando MUITO.
Pros antigos: também gosto de cheirinho de livro novo, segurá-lo nas mãos etc., mas fazer a barba com navalha já era. Entendeu a associação ou quer que desenhe?
Hehehe, brincadeirinha. Qualquer dúvida, mandem ver. Estou mergulhando fundo no tema eReader.
Smack
EL CO
Cohen, tudo bem,
Eu tive uma decepção com o sistema kindle da Amazon, troquei de tablet e logo pensei: – vou colocar meu livro aqui para continuar a ler.
Pois é, só pensei, ao tentar acessar o livro recebi a mensagem que o meu limite de dispositivos tinha se esgotado e não poderia mais baixar o livro!
Qual é a lógica de ter algo na nuvem e limitar os acessos!??
Pois é, me dei bem nessa…
Essa é um “senão” dos livros virtuais.
Não dá pra emprestar. “Eles” estabelecem uma quantidade limite de dispositivos virtuais onde você pode ler o livro virtual e foda-se o leitor caso troque/compre dispositivo etc.
Coloquei no meu Kobo um minicartão de memória, o que permite expandir o uso do mesmo, independente dos livros comprados na Cultura etc.
Mas… A questão aà não é a “nuvem” propriamente, mas a dificuldade dos fornecedores em impedir a cópia pirata dos livros (como se isso fosse possível, hahaha).
Smack
EL CO
Vc sabe se tem uma maneira de deixar o Kobo mais rápido? Depois que baixei um Vademecum com umas 11.000 páginas ficou lento. Abraço
Bah, 11.000 páginas é leitura, hein? Não dá pra quebrar esse arquivo em 11 deles?
Realmente não sei te ajudar, Juliano, pois sou novato no Kobo.
Abrazon
EL CO
Estou tendo dificuldade em sublinhar e exportar o sublinhado do kobo.
– Qual a alternativa fácil para sublinhar além de arrastar ponteiro?
– Como visualizar as anotações com o calibre e exportar para um arquivo de texto?
Salve, Rodrigo.
Esse esquema de sublinhar é uma *erda do Kobo.
Coloquei em outro artigo que pareço estar com Parkison.
Visualizar é uma barbada, o Calibre importa.
Acho que é preciso clicar sobre o livro e OBTER ANOTAÇÕES (EXPERIMENTAL).
Easy.
Abraços,
EL CO
Amigo eu juro que estou procurando faz dias como retirar as anotações feitas. Vc poderia especificar melhor o caminho para faze-lo. Não encontrei obter anotações e sim obter livros. Verifiquei o caminho que vc mencionou no artigo mas o calibre não visualiza, verifiquei as extensões que o programa abre e não tinha a .annot. Se eu abrir com o word fica todo desconfigurado, pois eu acho que rola um conflito por conta da fonte. No google não encontrei nenhum programa que abre este arquivo tb…
Me ajude ai…rs
Obrigado
Infelizmente nosso amigo diz em seu texto que há possibilidade de se extrair do kobo as anotações com o programa calibre. O fato é que NÃO HÁ TAL POSSIBILIDADE. Tanto é que se você procurar em toda a internet, verá que não há possibilidade. Inclusive, se entrar no site do programa citado ‘calibre”, concluirá tal possibilidade.
Realmente não sei qual o motivo da defesa do aparelho por esse aspecto. Talvez, uma tentativa de justificar a “melhor compra” do produto kobo sobre o concorrente kindle. Este, diga-se de passagem, dá para enviar anotações para o computador com deveras facilidade.
abs.
João,
Sua ironia agressiva me surpreende. Porém, suponho que seja algum aborrecimento causado por tentar usar os dois modelos (Kindle e Kobo) e encontrou mais conforto com o primeiro.
Vamos aos comentários:
1. O Kindle exporta Highlights para uma página HTML. Salvar todos os destaques feitos para TXT a fim de usá-lo em um artigo cientÃfico ou similar é simplesmente aborrecedor.
2. No Kobo é bem mais fácil com um pouco de cancha, como dizemos nos pampas. Siga meus passos e você será feliz como eu:
2.1. Conecte seu Kobo ao computador, acesse-o como uma unidade do mesmo e edite o arquivo E:\.kobo\Kobo\Kobo eRead.conf (no meu caso a unidade assinada ao mesmo é a E).
2.2. Insira a seção abaixo:
[FeatureSettings]
ExportHighlights=true
2.3. Desconecte o Kobo do computador e usando-o, acesse a lista de livros.
2.4. Sobre o livro que deseja exportar os destaques, segure firme o desejado que aparecerá um menu (como quando pressionamos o botão direito sobre uma opção no Windows).
2.5. Escolha “exportar destaques”
2.6. Abrir-se-á uma janela onde você digita um nome de arquivo e o mesmo será salvo na raiz.
2.7. Conecte novamente seu Kobo ao computador e copie o arquivo salvo para seu computador. Ele terá o sufixo TXT e, como você pode imaginar, ele pode ser utilizado dentro do Word, etc. sem nenhuma conversão necessária. Ao contrário do Kindle onde você precisará remover a formatação HTML.
Nas próximas vezes, somente os passos de 2.4 em diante serão necessários.
Que tal? Se quiseres posso enviar imagens de como proceder.
Forte abraço.
Comente como é a “Enviar anotações para computador com deveras facilidade” usando o Kindle apenas, sem qualquer programa adicional.
Abraços,
EL CO
Mateus,
Perdoe-me por não respondê-lo.
Simplesmente não vi seu comentário.
E também depois que consegui resolver o assunto, fiquei tão feliz que incorporei essa nova forma ao meu dia a dia e nem me preocupei mais.
Agora você tem um passo a passo aà em cima.
Abraços,
EL CO
Prezados,
O arquivo na pasta digital editions/annotations é incompleto em relação à s anotações. Não sei o motivo, mas suspeito que é alguma coisa com o plugin Kobo touch extended, que uso no calibre.
Afora isso, há certamente como extrair as anotações do kobo com o Calibre. A forma mais simples é utliizando a função “Obter anotações (experimental)”, acessada pelo menu suspenso em “enviar para o dispositivo”. Essa função irá copiar todas as anotações, de todos os livros do dispositivo, para o campo “comentários” de cada livro. Poderá então ser copiada para qualquer outro arquivo de texto.
Outra opção semelhante é utilizando o plugin KoboUtilities, obtido na área de plugins do calibre. Essa ferramenta tem a opção “Copy annotation for selected book”, que irá abrir uma janela com as anotações do livro selecionado, que poderá ser copiada.
Estas duas opções criam um formato fluido com as anotações, com linhas diferentes para capÃtulo, destaque, anotação, etc. Eu particularmente não gosto desse formato, mas funciona.
O procedimento que o El CO indicou, editando o arquivo de configuração, aqui também funcionou, com ressalvas. Ao abrir o arquivo txt com o bloco de notas, o arquivo resultante juntou todas as anotações em uma única linha do editor de texto, sem qualquer separação entre cada anotação. Eu tenho um livro aqui com mais de 100 anotações, imagina o trabalho pra separar cada uma. ao importar o txt para o word, funcionou melhor, com cada anotação em uma linha separada.
Por não gostar do sistema de exportação de anotações do calibre, atualmente tenho trabalhado com anotações diretamente do banco de dados sqlite do kobo. Esse arquivo (encontrado em .kobo\KoboReader.sqlite) pode ser aberto com qualquer editor que leia sqlite (eu uso o SQLite Manager, extensão para firefox).
Dentro do banco de dados há uma tabela chamada “Bookmark”, com todas as anotações em forma de colunas. Essa tabela pode ser exportada como csv, para depois ser aberta no excel. As ferramentas de exportação são configuráveis, então eu consigo salvar o texto das anotações em uma coluna especÃfica, que acho mais fácil para localizar no livro cada campo.
Espero ter ajudado na questão das anotações.
Rodrigo.
Rodrigo,
Que estranho isso do arquivo TXT. Aqui em casa ele funciona perfeitamente. Inclusive antes de passar ao Word, sou obrigado usar o Notepad++ para remover cada linha em branco que fica entre cada destaque.
Eu usava acesso direto ao banco de dados, mas acontecia uma coisa chata: a ordenação dos destaques ficava desorganizada. Meu SQL era esse:
select startcontainerpath, text from bookmark where volumeid like “%claramente%” and text ” order by substr(startcontainerpath, 1, 13), datemodified
Além de um trabalhão extra para salvar para ANSI, remover linhas em branco e mais todo o processo de importação no Excel para depois ir ao Word.
Legal discutir esse tema que sempre ficou pendente para usuários Kobo.
Abs
EL CO
Acho que o problema do TXT é só com o meu bloco de notas aqui. Se abro o TXT com o word, ou com o wordpad, ele abre legal com os parágrafos corretos, uma linha vazia entre cada anotação. Vou testar com mais calma essa forma.
Já abrindo o sqlite direto, com o sqlitemanager no firefox tem uma tabela bookmark, e a opção de exportar para csv. Se eu tento abrir o csv direto no excel, os cacacteres não ingleses (acentos, cedilha, etc.) se perdem. Contornei isso abrindo o csv antes no bloco de notas e copiando tudo para o excel.
Depois eu transformo em colunas, de acordo com o exportado, e a coluna text tem as anotações do livro.
O problema aqui é com o sql, pois se o bookmark estiver em mais de um parágrafo na fonte, o sql cria uma quebra, que não identificar na hora de transformar em coluna.
De qualquer forma, o Calibre também extrai as anotações sem problema. Não da forma que eu preciso, mas consegue fazer isso facilmente.
Abs.
Rodrigo.
Rodrigo,
O lance dos caracteres não acentuados é que precisas salvar o formato de codificação do TXT para ANSI antes de puxar para o Excel.
O meu problema (antigo) de usar o SQL é em relação à ordenação. Se eu fizer os destaques na ordem de leitura fica legal, mas se eu voltar algumas páginas e destacar algo, danou-se, pois sua data de edição será posterior.
Boa sorte.
Abração,
Cohen
El Cohen, suas dicas foram muito preciosas! Obrigado!
🙂
Abs
EL CO