A turma do elefante rosa está numa roubada

Quando escrevo Elefante Rosa estou me referindo ao pessoal da Pink Elephant, é claro.

Pra quem não conhece, vai uma descrição da empresa copiada de seu próprio  web site:

A Pink Elephant se orgulha em comemorar 20 anos de experiência em ITIL®. Operando através de diversos escritórios em todo o mundo, a companhia é a fornecedora mundial número 1 de conferências em ITIL e ITSM, capacitação e serviços de consultoria. Até hoje, mais de 100.000 profissionais de TI se beneficiaram dos conhecimentos da Pink Elephant. A Pink Elephant vem liderando o crescimento do ITIL mundialmente desde o seu desenvolvimento em 1989 — há mais tempo que qualquer outro fornecedor — e foi selecionada como especialista internacional para contribuir no projeto ITIL V3 — como autores do livro da V3 Continual Service Improvement e através da representação no Painel Internacional de Exames.

Ora, pois.

Recebi semana passada um convite para participar de um curso promovido pela Pink.

Hehehe, vi que aconteceram alguns problemas no processo de qualidade dessa remessa, você mesmo poderá identificar clicando na figura ao lado.

Mas essas coisas acontecem, ainda que a gente acredite que o lí­der mundial em ITIL não poderia deixar isso passar (no dia seguinte recebi novo email com “a correção”).

Do site PinkElephant.com.br

Daí­ fui pesquisar o site da entidade no Brasil e, voilà, acreditem! Creio que o domí­nio está registrado para outra pessoa. Se isso for verdade, yuta sacanagem.

Veja você mesmo:

Do blog brasileiro da Pink Elephant

E, de curioso e folgado, identifiquei no rodapé do convite para o curso um hyperlink para o blog nacional!

“- Que bacana”, pensei!

Só achei estranho a URL (o que me levou a fazer esta pesquisa acima):

https://www.pinkersinbrasil.co.nr/

Confesso que fiquei um tanto curioso com esse sufixo. Talvez alguém se fazendo passar por Pink Elephant. Tem gente que se especializou em correr pra Fapesp (organismo nacional que registra domí­nios de internet) e registrar sites com nomes de celebridades que, pensei, hummm… Tem sacanagem aí­. Mas visitei o site.

E ao visitar o blog, confesso, “me caí­ram os butiás do bolso” (expressão gauchesca de surpresa; saiba mais sobre butiás na Wikipedia).

O último artigo é de SETEMBRO DE 2009.

See yourself:

Pô…

Eu monitoro registros brasileiros no Twitter sobre ITIL. É um caminhão de bytes por dia. Nossa gurizada e os mais velhos também respiram isso como se fosse um hábito diário feito escovar os dentes, vestir os calçados ou procedimentos parecidos.

E a mega-mega mundial mantém um blog desatualizado em quase seis meses, justamente sobre o assunto que tanto mobiliza os profissionais brasileiros?

Isso me regurgita uma péssima lembrança – ItSMF.br (leia mais sobre isso aqui).

What’s up?

De certa maneira, eu me sinto abandonado, morando num paí­s (agora falo do Brasil, não do Rio Grande do Sul) nos confins do universo e que não merece a atenção de entidades internacionais.

Não é papo de vitimização, coitadismo (inventei essa palavra, acho que ficou bem) e tal.

É constatação. Ou estou enganado?

EL Cohen