Meu supervisor de suporte é muito quieto, isso é um problema?

Volta e meia algum dono de empresa de TI ou mesmo gestor de TI me questiona sobre o comportamento do seu supervisor do Help Desk, Service Desk, Suporte Técnico, Central de Atendimento ou sei-lá-que-outro-nome tenha o departamento.

Normalmente, ele quer um espelhamento de seu comportamento no subordinado (mesmo que diga o contrário, está lá cravado no seu inconsciente).

Daí­ que acho que Peter Drucker, reconhecido como o pai da administração moderna, pode nos ajudar.

Um excerto de seu livro The Effective Executive:

Logo aprendi que não há “personalidade eficaz”.

Os executivos eficazes que vi diferem amplamente em seus temperamentos e habilidades, no que fazem e como fazem, em suas personalidades, conhecimentos, interesses – na verdade em quase tudo que distingue os seres humanos.

Tudo o que têm em comum é a capacidade de fazer as coisas certas.

Entre os executivos eficazes com quem conheci e com quem trabalhei, há extrovertidos e introvertidos, homens aposentados, alguns até morbidamente tí­midos. Alguns são excêntricos, outros dolorosamente conformistas. Alguns são gordos e outros magros.

Alguns são preocupados, outros tranquilos. Alguns bebem muito, outros são abstêmios totais. Alguns são homens de grande charme e presença, outros não têm mais personalidade do que uma tilápia congelada. Existem alguns homens que corresponderiam à concepção popular de um “lí­der”. Mas igualmente existem outros sem graça que não atrairiam a atenção da multidão. Alguns são estudiosos e estudantes sérios, outros quase iletrados.

Alguns têm interesses amplos, outros não sabem nada, exceto sua própria área estreita e um pouco mais. Alguns dos homens são egocêntricos, se não egoí­stas. Mas há também alguns que são generosos de coração e mente.

Existem homens que vivem apenas para o seu trabalho e outros cujos interesses principais estão fora – no trabalho comunitário, em sua igreja, no estudo da poesia chinesa ou na música moderna. Entre os executivos eficazes que conheci, há pessoas que usam lógica e análise e outras que dependem principalmente de percepção e intuição. Há homens que tomam decisões com facilidade e homens que agonizam toda vez que precisam mudar.

E as práticas são as mesmas, independente se o executivo efetivo trabalha em uma empresa ou em uma agência governamental, como administrador de hospital ou como reitor da universidade.

Eficácia, em outras palavras, é um hábito; isto é, um conjunto de práticas. E práticas sempre podem ser aprendidas.

Tá morta a cobra. Vamos para a próxima.

Mais não digo por que não precisa.

E lembre-se: gerente é uma coisa, lí­der é outra.

Abrazon

EL CO

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