Enquanto estamos enjaulados como ursos de zoológico devido a pandemia…
Ops, restart pra quem gosta de passarinho:
Enquanto estamos engaiolados como calopsitas na área de serviço…
Surgiu um boom nas caixas de correio de “próximos webinars”.
OK, muita gente já usava, mas agora estamos nos afogando neles! Não dá tempo de jogar uma partidinha de 8 Ball Pool e “toma!”: mais gente nos convidando a aprender mais.
Títulos dos webinar nas próximas horas
Há pouco recebi tudo isso:
- como alavancar seu crescimento
- reinvenção dos negócios através de canais de tração que aproximem a empresa efetivamente de um número exponencial de clientes (não entendi patavinas)
- o varejo na era digital
- transformação digital em tempos de pandemia
E por aí vai.
Quero um salvador!
Não se trata de abundância de opções.
É uma superabundância!
É uma cachoeira descendo goela abaixo, feito as torturas da CIA que se assiste nos seriados do Netflix.
Pior: alguns (webinars) eu resolvi assistir.
Pior porque invariavelmente observo sujeitos que:
- Sabem tudo
- São perfeitos
- Não cometem erros
- São assertivos
- É isso daqui e seja feliz!
Mas curiosamente pouco práticos. Dão os dez passos do sucesso, mas nebulosos.
Um exemplo de mensagem que recebi: “A primeira ação que uma empresa deve buscar para sua jornada da automação é estabelecer seu pipeline de processos de bons candidatos a automação.”
Jesus (e Maria), estou com quase 60 anos e quando leio isso arregalo os olhos e digo: “Sim, sim, é isso que desejo.” Na verdade, não sei bem se eu preciso disso, mas é tão elegante o texto que sou incapaz de refutar tal iniciativa.
Quem ou o quê é o pipeline? Como eu sei quem é bom candidato? Eu defino ou a empresa? Se eu defino, banco o “dono da caneta”? Se a empresa, juntamos todos numa sala de Zoom e debatemos? Automatizar por automatizar ou revolucionar?
Ai… (fiz uma propaganda aí, hein, autor do texto, me deve uns pila!).
Giuliano, onde você anda?
Eu tenho saudades das palestras do Giuliano Machado.
Sua linguagem era simples.
Ele era claro e humilde. Dizia que errou diversas vezes e como foram essas mancadas. E descrevia o jeito que tentou contornar os problemas. Era algo mais pé-no-chão. Mais tátil.
Era possível até visualizar o seu dia a dia porque não era muito diferente do nosso.
Desconexão webinarista
Webinar tem gerado um lance meio dissociativo (nem falarei dos desgastes psicológicos descritos em How to Combat Zoom Fatigue).
Eu não consigo durante um webinar ver o resto da plateia pra ver se também estão confusos. Ou se estão entendendo tudo. Ou interessados. Sou só eu que tô achando aborrecido?
O instrutor padece do mesmo problema, pois não tem feedback corporal dos alunos, os olhares espremidinhos que mostram que há confusão cerebral. Ou o bocejo maligno que transmite: tá na hora do cafezinho.
Claro, exceto se for um webinar tipo Jornal Nacional com o William Bonner que fala coisas com cara de parede (saudades do Boechat) e nos deixa sonolentos.
Home Office
A pandemia perdeu! E levou com ela o home office!
Ninguém mais consegue ficar em casa e manter o isolamento social.
Basta ver os atuais engarrafamentos na cidade de São Paulo (que bolou um miraculoso feriadão de 10 dias – tomara que chova). Ou a cambada caminhando desnorteada nas ruas feito final de apocalipse.
‘Bora então ver gente novamente’.
Mas não eu que ainda permaneço quieto aqui, pois sou quase grupo de risco e não aposto a minha margem de erro nisso.
Do workshop de Gamification
Arrá!
Tudo isso pra dizer que eu também farei meu webinar.
(Olha que fdp esse Cohen, botou pau no assunto e agora faz o dele)
Mas é diferente. É um workshop. Os alunos assistem e trabalham!
Visite a URL Workshop de Gamification e saiba mais.
Beijo em todo mundo que tá preso (menos os dos presídios; aí não).
Nos encontramos um dia desses numa cafeteria.
Ao pessoal de Sampa, Rio de Janeiro, Manaus, Recife e Fortaleza, firmeza na paçoca aí gurizada.
Abs
EL CO