Chegou a nova versão da biblioteca de melhores práticas ITIL 4.
Alvoroço no mercado daqueles que sobreviviam deste ecossistema e que, ultimamente, andavam catando trocos nas esquinas (já houve tempo em que a certificação Foundation era tão procurada quanto os ingressos para os shows de Sandy e Júnior).
Surpreendente é a artimanha utilizada pela AXELOS. Explico.
Igreja Católica
Em determinado momento da Roma antiga o Cristianismo engrenou como religião.
Existem várias explicações para isso e a que mais acredito é a de Indro Montanelli no seu espetacular História de Roma.
Diz que um dos imperadores, vendo a bandalheira que grassava em Roma, decidiu tornar a religião cristã oficial, visto que resgatava princípios básicos da primeira Roma, como retidão, devoção e outros atributos.
Fato é que os primeiros romanos eram adeptos do politeísmo (sistema ou crença religiosa que admite mais de um deus). Adoravam vários deuses, cada qual escolhia o(s) seu(s) e doava oferendas ao(s) mesmo(s).
A Igreja, para pescar essa turma para o cristianismo (seduzir é sempre melhor que disciplinar, escreve aqui o pai de duas filhas), criou os “Santos”. Sei que essa declaração pode dar margem a várias críticas, vide a interpretação do texto da Bíblia o que já produziu de mortandade. Essa é a minha (sem mortes, espero).
Cada um dos santos, mais ou menos, se equiparava a um deus pagão (põe aí na lista o deus dos comerciantes, das amantes, do vinho, da música, da colheita, do amor, da proteção do casamento e se vai campo afora o elenco todo).
Então percebe-se que certos santos equivaliam a um correspondente deus romano.
Dessa maneira, o fiel podia se tornar cristão, aceitar todas as características da religião e continuar rezando para seu antigo deus, só que não mais da na forma original, mas personificado em um “santo”.
E óbvio, dentro de uma igreja onde ele passava por uma catequese geral.
(Curiosidade, nem sabia dessa diferença e nem entendo:)
Segundo essas confissões, a “adoração” (latria) por outro lado, é um culto distinto e reservado exclusivamente para Deus, enquanto a “veneração” (Dulia) é a honra e respeito prestado aos santos. Portanto segundo essas confissões, veneração não deve ser confundida com idolatria e nem com fetichismo religioso.
E o ITIL 4, hein?
O ITIL 4 vem aí.
Baleado e trôpego, vencido por outras formas modernas (não significa que melhores) de administrar a TI, adotou o mesmo plano para manter os fiéis dentro de sua igreja.
Agora eles podem sim usar Lean, usar DevOps, usar metodologia ágil dentro do ITIL.
Tudo que seus amigos e colegas mais arrojados fazem e gozam dos adeptos da biblioteca.
O que vai dar?
Sei lá, só vendo. Nem sempre os melhores produtos vencem.
Vamos assistir.
Abraços
EL CO