Não digam que não previ tal situação.
Sempre tive reservas em relação ao home office.
E sabe por quê? Experimentei “na carne”, como se diz, por várias vezes. Na década de 80 e em tempos de pandemia.
Leia meu artigo O home-office não vai vingar…, texto de 2020.
Como você pode afirmar isso, Cohen, em pleno 2025?
OK, concordo que muita gente ganhou dinheiro com isso. Ainda ganha.
Desde os espaços de coworking (a empresa não precisa mais de uma sede, mas de um local de encontro) até o boom fantástico do Zoom que engoliu uma fatia de mercado que Google e Microsoft desprezavam (videoconferências).
Mas a ficha vai caindo lentamente para alguns CEOs remanescentes.
A mais recente? Embraer, leia Embraer decreta o fim do home office.
Ah, Cohen, é uma indústria!
Eu exclamarei “Meo Deos, não diga algo assim”. O que tem de engenheiro e povo com pós-graduação por lá não está no mapa.
As palavras de meu guru
Meu guru ainda insiste que a produtividade é alavancada nas alturas pelo Home Office. Um método que chegou para ficar (ou fincar pé!).
Leiam as palavras dele em artigo que ironizava você-sabe-quem-escreve-aqui:
Em outras palavras, o home office não é para todo mundo. Empresas que contratam funcionários despreparados que precisam da ajuda de outros para fazer o seu trabalho vão fracassar se adotarem o home office para este perfil profissional.
O home office exige profissionais que saibam trabalhar com independência ao mesmo tempo em que integram as suas decisões e ações ao trabalho coletivo da empresa. É preciso bom senso e capacidade analítica para trabalhar desta forma.
Ou seja, o pessoal da Amazon, Dell, Google e Embraer, entre outras, não têm essas características. Veja imagem a seguir.
Meu guru se baseia em números. Como todo excepcional profissional de formação em Engenharia.
E eu, em fatos. E observando as empresas líderes de seus segmentos.
A curva de Rogers
É claro, existem inúmeras empresas ainda na fase “Late Adopters”.
Lembre-se daquele gráfico da tendência de “quantidade vs. tempo” que distribui as pessoas/empresas na adoção de um comportamento.
Veja mais em https://en.wikipedia.org/wiki/Everett_Rogers.
Por que ainda temos uma maioria tardia reticente em acabar com o Home Office?
Por que se deram bem neste ambiente. Não precisam mais bancar custos operacionais de infraestrutura. E uma série de outros motivos.
Mas peraí, vamos esclarecer algo
Mas Home Office não vale para a contratação de profissionais que moram longe da sede.
Quem tem firma em São Paulo e contrata um programador no Pará, não pensa na produtividade.
Tampouco a empresa com sede em Londres e contrata o colaborador em Joinville. Fala sério.
Sabemos que a motivação é outra: ECONOMIA.
De pagar menos para se obter resultado igual ou resultado aceitável.
Se isso é Home Office, então a época em que os EUA terceirizaram seus centros de atendimento para a Índia terá sido um dos primeiros casos típicos. E não foi.
Era economia mesmo, nada de aumento de produtividade etc.
Sério mesmo, Cohen, que pensas isso?
Sim, eu reconheço os inúmeros benefícios do Home Office.
Menos tempo de deslocamento ao trabalho. Melhor qualidade de vida. Mais tempo com a família. Mais tempo para estudar.
Maior produtividade!
Agora, explica isso para essa turma:
- Embraer
- Amazon
- Dell
- Tesla
Abrazon
EL CO
PS: Esse Cohen é teimoso mesmo, vamos mostrar a ele que o Nubank, o terceiro maior banco do Brasil, adotou o Home Office!!!
PS 2: Cohen é da Geração X. Uma geração acostumada a ir ao local de trabalho. Será que as novas gerações, nascidas no mundo digital, consideram tão valioso assim a presença 5 dias por semana na sede da empresa?
PS 3: Esse artigo é pra pensar. Não é pra tomar lado (ainda) ou posição. É pra considerar ambos os movimentos — pró e contra Home Office — do mercado.