MSP Summit 2024 foi a Caverna de Platão! – parte 1

Há milhares de anos um sujeito inaugurou a filosofia: Tales de Mileto chutou o balde, rejeitou explicações de eventos naturais baseados em mitos e divindades (Zeus, Apolo, Hera…) e resolveu… Usar a razão.

Sócrates chegou logo em seguida, mas o crânio da época foi Platão (quase superado logo a seguir por seu discípulo Aristóteles).

Platão usou uma soberba metáfora para ilustrar uma situação que serviu para várias argumentações: a alegoria da caverna.

Tem verbete na Wikipedia e no ChatGPT, Gemini, Copilot ou IA de sua preferência (antes dizíamos “tem no Google”, sinal dos tempos).

A alegoria da caverna de Platão pode ser interpretada de diversas maneiras, como:

  1. Representação da ignorância e da busca pelo conhecimento
  2. Metáfora sobre a dificuldade de abandonar crenças antigas
  3. Crítica à percepção sensorial como fonte limitada de verdade
  4. Distinção entre o mundo das aparências e o mundo das ideias
Obviamente me refiro aos aspectos 1 e 2.

Sair da caverna (sua empresa) e se deparar com outras realidades (de outros colegas) é um aprendizado e tanto.

Palestra 1: Robert Wilburn e David Wilkeson

Não vou intitular as palestras.

Um aspecto que não gostei no evento: sem chances para perguntas.

Geralmente eu questiono o palestrante sobre vários aspectos que tenho dúvidas. E mais: aprendo com aquelas que nem pensei e que são apresentadas por outras pessoas.

Os dois personagens citados são autores de um livro específico para a área: Profit and Growth for MSPs: Dragon Boats, Catamarans, and Superyachts.

Não li. Mas pretendo.

Dos comentários:

  • Um MSP inicia como um barco a remo de competição. Todo mundo faz a mesma coisa. Em seguida, se transforma num catamarã com capacidade de curvas, uso de GPS etc. E finalmente, se conseguir, vira um iate, barco mais sofisticado com inúmeras funções de navegação e, principalmente, pessoas que trabalham para outras do barco. Elas conhecem métricas e processos e não trabalham “na” empresa, mas “para” a empresa.
  • Incentivaram a ideia de métricas, ou seja, números que indicam o que passa no negócio para tomada de decisões na forma científica.
  • Recomendaram firmemente a criação de “peers groups“: grupos de 6 a 7 empresas que se reúnem uma vez por mês, de forma online, e se cobram mutuamente de ações programadas, questionam se funcionou… A ideia é obter e analisar resultados de diferentes ações sem precisar realizá-las.
  • Bifurcação: lá pelas tantas as empresas precisam decidir seu rumo: a) Service Providers ou b) IT Shops.
  • Aconselharam a demissão de clientes quando necessário — isso me recordou a palestra de 2018 no MSP Summit.
  • A onda nos EUA é cobrar cliente pela quantidade de usuários e não pela de dispositivos. Por que o cliente não sabe mais quantos devices existem na sua empresa. Ou se desligar um, pedirá desconto no preço final. Ou se for para a nuvem, idem.
  • “Como vocês mais vendem?” A maioria respondeu por indicação. É barato, não custa nada e tem alta taxa de conversão. O problema: não dá pra crescer a empresa apenas com indicação. E citaram um círculo vicioso: a empresa contrata alguém para vendas. Esse não atinge resultados esperados e é desligado. A empresa terceiriza vendas com uma empresa. Acontece o mesmo. Então terceiriza o marketing. Idem.
  • Quando o cliente compra serviços, compra por quem é o dono, não pelo serviço. O dono precisa aparecer na venda para gerar confiança, mas não deve propriamente ser o vendedor.
  • Quanto vale um novo cliente bom? Sugeriu “Se topar ouvir minha proposta durante 40 minutos, damos a você 2 ingressos gratuitos para o jogo do seu time”.

Palestra 2

Bah…

Não rolou conexão comigo de nenhum dos 2 palestrantes.

Um só dizia “Eu.., eu… ” e o outro falava de forma enfática e infalível “É assim! Veja que horror como era no passado.”.

Obviamente essa foi a leitura que realizei. Talvez nem tivessem falado isso. De tal maneiras que fui para a feira encontrar desconhecidos e amigos.

Almoço

Almocei com 2 top guns discretos do mercado: Erik Morais e Thiago Lima.

Ambos owners (é moda, não se fala mais donos) da Penso Tecnologia. Faturam milhões por ano e gerenciam 250 pessoas. Mais não falo. Só que ambos iriam correr 75 km em uma ultramaratona — sempre achei estranho esse “prazer”, mas cada um encontra onde mais lhe convém, não tentando me evangelizar, sou tolerante…

Adriano Martins

Titã da biblioteca **** (saiba por que escrevo com asteriscos aqui) no Brasil.

Sua ideia foi demonstrar como até um artesão de praia (ele mora em uma) usa ****.

Adriano é um sujeito extremamente carismático. Hábil palestrante e comunicador.

Prática a prática comparou com a atividade do artesão e como, independente deste saber o “título” da prática, ele a realiza. Algumas considerações:

  • Não adianta colocar métricas e governança se ainda não faz o básico.
  • Roubamos processos de outras áreas e chamamos de “coisa nossa”: gerenciamento de qualidade, gerenciamento financeiro etc.
  • “Será que ofereço valor quando digo ‘só atendo se abrir chamado’?” — ótima paulada nos tecnicistas.
  • Eu gostei pra caramba, mas quero que os detentores da marca **** se f*. A biblioteca em si eu gosto, os proprietários blearghsss.

It’s up.

Encerro com algumas imagens, não sem antes lembrar que NOVEMBRO/2024 acontecerá o último curso de Gestão de Serviços para Help Desk e Service Desk do ano.

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Abrazon

EL Co Continua em MSP Summit 2024 – Gandalf compartilha segredos – parte 2

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