A tecnologia muda, mas o bom gerenciamento não! Será?!

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O que pensar sobre o artigo do diretor executivo do Drucker Institute

O tí­tulo publicado há anos na HBR foi esse mesmo, só que em inglês:

Technology Changes, Good Management Doesn’t

Pra quem não lembra, Peter Drucker foi o sujeito que pesquisou e criou a administração cientí­fica no século passado (XX).

E fez jorrar da sua cabeça centenas de páginas que se tornaram bí­blias para um sem-fim de gestores e gurus ao redor do mundo.

Bom, o gerenciamento que enfoca o autor é sobre gestão de pessoas.

Vamos ao artigo

gordon-mooreZachary começa o artigo escrevendo sobre a lei de Moore, aquela que fala que o poder de processamento dos computadores dobra em quase dois anos…

Mas ele pegou essa lei e criou uma espécie de antí­tese, comparando-a com uma frase de Peter Drucker:

Não iremos produzir uma super-raça de seres humanos, por isso a gestão terá que lidas com as mesmas caracterí­sticas pessoais de hoje e sempre.

Ele não se apega a táticas e modelos de gestão, mas sim ao fato que é preciso tornar as pessoas produtivas.

E então aponta três ensinamentos básicos:

  1. Ajustar o foco da organização em seu propósito e missão especí­fica
  2. Tornar o trabalho produtivo e adequado para os seres humanos
  3. Assumir a responsabilidade pelos impactos sociais da organização

Para isso se realizar

São necessárias algumas ações, como:

keep-calmA) Direcionar o trabalho da empresa e das pessoas para aquilo que são fortes e minimizar os pontos fracos.

Blá-blá-blá, significa que o time de suporte deve parar de fazer software para consumo interno de Help Desk se o seu objetivo primordial é auxiliar usuários a serem produtivos.

Os funcionários devem trabalhar naquilo que podem colaborar ao máximo. E minimizar o engajamento no que pode ser remediado (ou comprado, alugado).

Caramba, é energia jogada fora quando a equipe se dedica a algo que não contribui diretamente para o objetivo-fim (e todo mundo que é desenvolvedor sabe que pensar o software é algo fácil, mas as incontáveis — sim, incontáveis — horas de codificação, testes, homologação, adaptação é que são elas).

B) Questionar se cada produto, serviço, programa ou polí­tica da organização está a serviço desse objetivo ou missão.

Segundo o autor, a meta de uma empresa (independe do segmento ou tipo) é sempre social: um negócio existe para criar clientes, as ONGs para mudar as vidas, e o governo para realizar aquilo que a população deseja (além de cobrar impostos, claro).

Traduzindo: gente.

forcas-contrarias


C) Garantir que os problemas organizacionais não se tornem problemas sociais.

Não vou citar nem transliterar, por que não entendi o que o sujeito escreveu.

Eu imagino que seja algo assim: uma organização que não lida de forma eficaz com problemas internos pode enfrentar crises que resultam em demissões em massa, impacto econômico negativo na comunidade local, ou até mesmo problemas ambientais ou de saúde pública se as questões envolvem negligência ou práticas insustentáveis.

Ou a TI Verde, ESG e outras que surgem vez em quando.

Crí­ticas

Há um gigantesco ecossistema que sobrevive utilizando-se do conhecimento (ou nome) de Peter Drucker.

Institutos, autores (todo ano ocorre lançamento de uns cinco livros do tipo “Meu ano com Peter Drucker”, “Cinco lições essenciais de PD”, “O que aprendi com PD”, “A cabeça de PD” e por aí­ vai) e empresas mamam nos conceitos que gera consultoria e um mundaréu de ganhos econômicos.

Sem desmerecer o conteúdo publicado por Peter Drucker, um dos pioneiros no assunto, existem articulistas que comentam que este autor trabalhou muito em corporações e refutam a aplicação de todas as suas ideias para pequenas empresas, tipo startups, familiares ou com pouca quantidade de funcionários.

Outro conceito detonado criticado é a “administração por objetivos“.

Dizem que pode produzir distorções bem sacanas:

Se o negócio é vender, vou vender para alcançar a meta, nem que isso signifique enganar alguns clientes.

Claro que isso é lindo lá em cima na cúpula da organização, mas no Brazil, vale tudo para empurrar um tênis inadequado para um senhor de 70 anos, desde que eu consiga vender e me garantir no emprego.

Claro, é uma avaliação no meu entender, rasa.

novo-gerente

O complicado é que se você é um gestor “fresco” recém embarcado no posto de gestão e tem fome de conhecimento, vai se deparar com Peter Drucker.

Ao pesquisar na internet “gestão” ou “management”, Peter Drucker será um dos primeiros nomes de autores a surgir — fora outros da moda e uma petalista (“peta” representa gigantescas unidades acima de “giga” e “tera”) de obras sobre o tema liderança.

Os filósofos debatem desde o iní­cio da humanidade temas como “o que será felicidade”, “como ter uma vida boa” e assim por diante. E não chegaram a uma decisão unânime.

Sobre gestão de pessoas, a quantidade de tempo e pessoas dedicadas tem sido menor (mas se tornaram mais importantes que as obras dos filósofos, ao menos nas livrarias).

Dica

Sugestão: leia.

E se tiver um tempo, pense a respeito.

Sei que é pedir demais, mas pensar talvez seja até mais importante do que ler, hahaha.

Recomendação final

Esse mês tem curso de Gestão de Serviços para Help Desk e Service Desk.

São três dias, um deles só sobre PESSOAS!

Se a sua empresa precisa economizar, esse evento é certeiro. Por que eu explico como um gestor pode mobilizar a equipe e fazê-la faturar mais dinheiro com o suporte técnico, seja ele interno ou externo.

Dias 18-19-20 de setembro.

Fique atento ao calendário: www.4hd.com.br/calendario

Abrazon

EL CO

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