É algo que sempre ensino nos meus cursos:
Se contratar mal (leia “de forma relaxada, displicente”) se arrependerá dolorosamente.
Quando se exime de entrevistar os candidatos porque alguém já faz isso para você… Isenta-se da culpa de uma má contratação, mas a bomba prossegue no seu colo.
Por isso… Contrate de forma correta.
E o primeiro passo é definir as competências CONFORME A VAGA.
Observe que destaquei de forma escandalosa e em letras garrafais.
Fiquei curioso com as “garrafais” e padeci para encontrar explicação.
Algumas referências apontam para a palavra francesa “grosse” que denota algo grande ou grosso. Mas também ao idioma espanhol que faz alusão a uma “cereja garrafal “que nada tem de garrafa, mas de ser uma fruta grande.
Prossiga, Cohen
Quando contrata alguém não deve descrever apenas vaga.
Uma descrição é algo como “Providenciar contato de primeiro nível e apresentar soluções para problemas do cliente. Atender ligações de clientes furiosos. Lidar com stress o dia inteiro”.
Parece Deus informando a Adão:
“… maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. Ela lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que comer as plantas do campo. Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó, e ao pó voltará.”
Você precisa ir além da descrição: é necessário definir as competências para a função.
E cada função tem um perfil de competências diferente. Um técnico volante (field service) executará uma atividade diversa de alguém que será o administrador da base de conhecimento. Ou tutor do chatbot. Ou…
Certo, certo, vamos ao prompt:
crie um perfil de competências em formato de tabela listando, de forma sucinta, itens do tripé Conhecimento-Habilidade-Atitude para um atendente de help desk que trabalhará [via chat atendendo clientes | como field service | administrando a base de conhecimento | cobrando prazos dos fornecedores]. A estrutura da tabela é: | Conhecimento | Habilidade | Atitude | não adicione comentários, nem informações adicionais, apenas seja conciso e realize a tarefa.
Acho que esse prompt é fácil de executar e compreender.
Lembre-se de ir conversando com seu LLM para aprimorar o perfil.
Exemplo: se eu tivesse colocado “analista de atendimento de ERP”, talvez fosse necessário explicar ao LLM a seguir algo como:
- Refaça a tabela considerando que o ERP é voltado para o segmento de hospitais.
Considerações
- Produzir o perfil CHA é obrigatório — assista a este vídeo de uma das pessoas precursoras do assunto no Brasil, Maria Odete Rabaglio.
- Invista um tempo no diálogo com o LLM até chegar a um perfil CHA que lhe satisfaça. Nada de pegar o primeiro resultado. Lembre-se dos horrores de ter alguém mal contratado nas fileiras de sua equipe.
- O perfil é valioso — não se trata da descrição do cargo —, mas todo processo de contratação é também importante. Mais detalhes no meu curso de Gestão de Serviços para Help Desk e Service Desk, veja inscrições abaixo.
- Uma contratação ruim faz você amargar um colaborador incompetente numa função por longo prazo (sério mesmo). Por isso, dedique-se ao assunto.
- A última linha do prompt (“não adicione comentários…“), conforme comentado em artigos anteriores, busca controlar a verbosidade do Google Gemini.
Calendário do Cohen
Dois cursos vindo aí em maio:
- Engenharia de Prompting
Como tirar o máximo dos LLMs disponíveis no ambiente do seu suporte técnico
Dias 16 e 17 de maio, 08:30-12:00 e 13:30-17:00 - Gestão de Serviços para Help Desk e Service Desk
Transformando técnicos excelentes em verdadeiros gestores
Dias 20-21-22-23-24 de maio, 08:30-12:30
Mais detalhes em ww.4hd.com.br/calendario
Abrazon e vamos que vamos.
EL CO