Assisto, incrédulo e apalermado, aos fatos acontecendo no mundo.
Se achávamos que nossos problemas era a inflação, a polarização entre Lula e Bolsonaro, se devemos ou não usar o carregador do Android no novo iPhone e debates similares, nossos problemas são medíocres frente ao que acontece no planeta.
Obviamente desconheço as forças “ocultas” que movem essas ações (a indústria das armas, a “esperança” de limpeza étnica de qualquer lado, os movimentos geopolíticos e tudo o mais).
A história se repete. Sempre.
- Tivemos a pandemia que, dizem, foi criada como arma biológica. Existem mais trocentas delas em laboratórios por aí. Não é novidade. Os romanos colocavam carcaças de animais nos poços de seus inimigos a fim de contaminá-los. Na ocupação da China, os japoneses liberaram pulgas contaminadas pela peste (Yersinia pestis) na região.
- A Rússia invade o território da Ucrânia para libertar a população que “desejava ser livre”. Não me importa o fato da Ucrânia querer uma base da OTAN etc. Meu foco é nas vidas dilapidadas. Famílias destruídas que conversavam se o carregador do Android poderia ser usado no novo iPhone. Rotina humana: desde a Grécia essa argumentação fajuta tem sido usada e até nos tempos da Bíblia.
- Vejo o Hamas degolando bebês em kibutz (Corpos de 40 bebês e crianças foram encontrados em comunidade atacada pelo Hamas, diz TV). Em vingança pela invasão de terras palestinas pelos estúpidos colonialistas de extrema-direita que dizem que “aquilo pertence ao povo de Israel”. Fora outras m* que a direita israelense impõe ao povo palestino há muito tempo. Os vikings tinham métodos parecidos. E se cavoucarmos teremos o genocídio indígena no Brasil e nos EUA, o holocausto etc.
Então, com muito cansaço e desalento, pedi ao ChatGPT relembrar-me de leituras passadas (coleção Os Pensadores, nem publicam mais!) e adapto sua resposta:
John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Thomas Hobbes
Os pensamentos de John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Thomas Hobbes em relação à bondade ou maldade inerente do ser humano são bastante distintos:
1. Thomas Hobbes
- Hobbes acreditava que o ser humano, em seu estado natural, é inerentemente mau e egoísta. Ele argumentava que, na ausência de um governo forte e de um contrato social, as pessoas viveriam em um estado de guerra de todos contra todos (o chamado “estado de natureza”), onde a competição, a desconfiança e a violência seriam prevalentes.
- Para Hobbes, a sociedade civil e o governo eram necessários para manter o caos sob controle e garantir a ordem e a segurança.
- Retirado na mitologia fenícia, o Leviatã, figura que também é relatada no antigo testamento, no livro de Jó, é um monstro gigantesco, uma espécie de crocodilo, que vivia em um lago e tinha como missão defender os peixes mais fracos dos peixes mais fortes. Dessa mesma forma age o Estado hobbesiano: defende a vida de todos, não permitindo que uns atentem contra a vida dos outros. Mas para garantir o respeito ao pactuado, o Estado deve impor, pelo medo, tal obediência. Por isso ele deve ser FORTE, CRUEL E VIOLENTO (extraído de Leviatã: o Estado Forte, Cruel e Violento).
2. John Locke
- Locke tinha uma visão mais moderada da natureza humana. Ele acreditava que, ao contrário de Hobbes, as pessoas não eram inerentemente más. Em vez disso, ele argumentava que as pessoas nascem como uma “tábula rasa”, ou seja, como uma folha em branco, e são moldadas por suas experiências e influências do ambiente.
- Locke via o papel do governo como a proteção dos direitos naturais das pessoas, como a vida, a liberdade e a propriedade, em vez de controlar a maldade intrínseca das pessoas.
3. Jean-Jacques Rousseau
- Rousseau tinha uma perspectiva mais otimista da natureza humana em seu estado natural. Ele acreditava que as pessoas eram naturalmente boas, mas eram corrompidas pela sociedade e pelas instituições sociais.
- Rousseau argumentava que a sociedade deveria ser organizada de maneira a permitir que a bondade natural do ser humano florescesse, e ele defendia a ideia de um “contrato social” que preservasse a liberdade e a igualdade.
Em resumo, Hobbes via a natureza humana como inerentemente má, Locke a via como uma “tábula rasa” a ser moldada pela experiência e influências e Rousseau a via como naturalmente boa, mas corrompida pela sociedade.
Cada um, baseado em suas perspectivas, concebeu o papel do governo e a organização da sociedade.
Atônitos
Impávidos, seguimos abobalhados com esses horrores — alguns até indiferentes para não sentirem dor e melancolia — e nos escondemos dentro de debates se o ITIL morreu ou não, se home office vingará, se o carregador do Android…
Não me importa de quem é a culpa ou responsabilidade, essa matança de irmãos e primos precisa parar. Só que não vai 😥
Meu guru, Ricardo Mansur (árabe), quero 30 cafés!!!
Eu, seu judeu preferido — diz que sim, diz que sim —, pago um terço deles. Afinal, você tá bem de vida e eu sou pobre (por opção).
Abraços desolados a todos e me perdoem essa carga de tristeza.
Amanhã é outro dia.
E tem curso de Gestão em Novembro.
EL Co