Sevilha: primeiras impressões

Essa pandemia chacoalhou o mundo. E fez muita gente se arriscar.

Para quem não me acompanha, minha esposa é psicóloga e 100% dos pacientes optaram por terapia on-line. Economia de tempo em deslocamento, em estacionamento, em muita coisa. Perdeu-se o contato “pessoal”, o cumprimento de mão etc., mas toda decisão implica em renúncias.

Então decidimos virar nômades digitais aos 60′. Um mês por semestre fora do país.

E o primeiro lugar foi Sevilha na Espanha.

Por que essa cidade? Calor (Porto Alegre hoje está 13 graus com chuvisco e aqui sol com 26 graus), idioma de fácil comunicação, boa localização para passeios nos finais de semana.

Mas viemos trabalhar. Tudo igual. Inclusive, ecs, pagamento de boletos. Nada de férias.

E quais nossas primeiras impressões?

  • Muitos idosos acima dos 80 anos. Circulam para lá e para cá, inclusive com andadores. Deixam carrinhos de compra na entrada do supermercado em correntes especiais e fazem tudo sozinhos, de forma independente.
  • Ruas estreitas que parecem vielas, mas protegem bem do sol e tornam a vida mais “fresca”. O trânsito nessas vielas fica bem prejudicado, mas é compensado por uma praga de bicicletas e patinetes cuja ciclovia é SOBRE a calçada (100% das vezes). Olhou distraidamente para o lado e pisou na faixa, capaz de ser atropelado.
  • Vodafone, chip de internet – custa 20 euros por 30 dias e tem 30 GB de internet. E funciona em tudo quanto é canto. E nas casas há fibra ótica. Aliás, não tem poste de passagem de fiação. Tudo por baixo ou grudado nos prédios.
  • Espanha é a terra dos reis católicos. Se acham que em Salvador tem bastante igreja, aqui tem uma por quadra!
  • Arquitetura mantida como antigamente. Não sou chegado a isso, mas é inacreditável ver azulejos super bem conservados e tudo quanto é tipo de construção “medieval” inteira. E olhem, boa parte é influência moura (árabe do norte da África). E considerando o tópico anterior, tais edificações poderiam ter sido destruídas por que eram “de hereges”. Mas os espanhóis tiveram o bom senso e prazer de manter tudo intacto.
  • Cartão Wise funciona bem para caramba. Como um cartão de débito nosso normal. Enormes vantagens sobre cartões de crédito internacionais.
  • Há uma diferença de fuso horário: em Sevilha são 12:00, em Porto Alegre, 07:00. Ou seja, não dá pra marcar reuniões e atendimentos no horário da tarde do Brazil. Pense: 18:00 + 5 = 23:00 aqui. Mas não faria diferença por que a vida aqui inicia às 08:30. As crianças entram no colégio às 09:00. Imagine, eu entrava às 07:20. As manhãs ficam livres para conhecer as redondezas.
  • Alimentação no supermercado é mais barata que no Brasil. Uma salada pronta, limpa, lavada com variedade de folhas custa 1 euro (R$ 5,00). O resto é muito parecido. Já cosméticos, são uma mordida. Um desodorante roll-over da Nivea custa 7,5 euros (R$ 37,50). No Brasil, R$ 7,50.
  • A máscara facial já era. Ninguém, absolutamente ninguém, utiliza. Não sei se precisa em algum lugar especial, mas na rua, nos restaurantes etc., ninguém adota.
  • Na minha mochila vieram 45 itens, a maioria de trabalho (2 HD’s externos, headset JBL, 4 pendrives, carregadores os mais variados, 3 óculos de leitura, cabo HDI etc.). Nunca mais. Na próxima, vai tudo na mala de bordo.

OK, breve mais notícias do mundo do suporte técnico. E da capital da Andaluzia!

Abrazon

EL CO

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