Presto consultoria para uma determinada empresa aqui no Rio Grande do Sul. Ajudo a implementar processos e engajamento na área de suporte e semanalmente converso com a gestora da área.
Isso tem me agregado muito aprendizado.
í”, se tem!
Problemas
Chega o dia semanal da consultoria e pergunto a ela: onde está aquela pendência que ficamos de validar o resultado hoje? (estipulo combinações de tarefas a serem executadas para que possamos progredir na consultoria e na entrega dos serviços aos usuários e clientes).
“Cohen, nossa. Foi uma semana tumultuada. Cheia de reuniões.”
“Fale-me mais sobre isso”, eu peço.
E então seguro o queixo.
Há tempos, venho ajudando a gestora de suporte a soltar o teclado.
Ela aprendeu a delegar tarefas. A dar amparo para que sejam executadas pelos seus subordinados.
Contudo, para minha surpresa…
Usou o novo tempo livre não para pensar mais sobre como alavancar as entregas, mas…
Para se enfiar em reuniões.
Pedi para listar algumas.
Lista de reuniões semanais
- Grupo de gestão de mudanças. O suporte precisa estar envolvido para não ser surpreendido.
- Gerente de TI. Presto contas semanalmente ao meu líder sobre o que estamos fazendo.
- Time de atendimento. Ele precisa conhecer as novidades, as mudanças. Preciso farejar quem está mais abatido, mais motivado etc.
- Fornecedores. Semanalmente converso com eles em horários diferentes para acompanhar desempenho, ver demandas etc. Mas são 5 os mais importantes! Um cuida das impressoras, outro dos PDVs, um terceiro dos coletores, um quarto … um quinto…
- Meu consultor de suporte técnico. Sim, você, Robertinho. Toda semana nos encontramos.
- Visito 2 usuários-chaves. Preciso acompanhar pessoalmente o que nosso cliente acha do departamento, o que pode recomendar de melhoria etc.
- Fornecedor da ferramenta de Service Desk. Ele quer ser mais que um fornecedor, um parceiro. Por isso conversamos semanalmente sobre as novidades, demandas etc. Exatamente o mesmo que faço com os usuários, ele faz comigo para estar up-to-date da minha satisfação e outros sentimentos. E claro, dicas para aperfeiçoamento do produto dele.
- Reunião com a dupla que coordena o projeto de gamification para alimentar a base de conhecimento. Toda semana, pois acompanhamos de perto os progressos, dificuldades e até trapaças!
“Para, para!”, eu grito. “Não aguento mais. Já listou 13. Quero um clone seu para conversar, enquanto a original se enfia nesse sumidouro de tempo útil.”
“Mas eu participo de mais reuniões, me deixa falar…”.
Apontamentos de Peter Drucker sobre o tema
Peter Drucker até hoje é considerado o pai da administração moderna. Tivemos Fayol, Ford e vários outros memoráveis que não vou citar.
Mas Peter publicou no momento certo – florescimento da administração – vários livros que ajudaram gestores a entenderem melhor suas responsabilidades e executá-las de forma mais eficaz.
Daí que as dicas aqui são dele. Até a construção das frases.
E valem independentemente de tempos de pandemia, Home Office, startups, Google Meet, Zoom, Microsoft Teams e o escambau.
Prepare melhor as reuniões. Drucker destaca dois ingredientes comuns:
- preparação com um objetivo claro em mente (“por que estamos realizando esta reunião?”)
- acompanhamento disciplinado.
Ele cita Alfred Sloan (todo poderoso da GM na época):
No início de uma reunião formal, Sloan anunciava o objetivo da reunião. Ele então ouvia. Nunca fazia anotações e raramente falava, exceto para esclarecer um ponto confuso. No final, ele resumia, agradecia aos participantes e saia.
Em seguida, escrevia imediatamente um pequeno memorando endereçado a um participante da reunião. Nessa nota, ele resumia a discussão e suas conclusões e especificava todas as atribuições de trabalho decididas na reunião (incluindo a decisão de realizar outra reunião sobre o assunto ou estudar um problema). Ele especificava o prazo e o executivo que deveria ser responsável pela tarefa. Enviava uma cópia do memorando para todos os presentes na reunião.
Foi através desses memorandos – cada um uma pequena obra-prima – que Sloan se transformou em um executivo extraordinariamente eficaz.
Em uma estrutura idealmente projetada (que em um mundo em mudança é apenas um sonho), não haveria reuniões. Todo mundo saberia o que precisa saber para fazer o seu trabalho. Todo mundo teria os recursos disponíveis para fazer seu trabalho.
Nos encontramos porque as pessoas que ocupam diferentes empregos precisam cooperar para realizar uma tarefa específica. Nos reunimos porque o conhecimento e a experiência necessários em uma situação específica não estão disponíveis de uma só vez, mas precisam ser reunidos com a experiência e o conhecimento de várias pessoas.
As reuniões devem ser a exceção e não a regra.
Uma organização em que todos se encontram o tempo todo é uma organização em que ninguém faz nada.
Como regra, nunca se deve permitir que as reuniões se tornem a principal demanda no tempo de um executivo. Muitas reuniões mostram uma estrutura ruim de cargos e os componentes organizacionais errados.
A reunião efetiva
Os executivos eficazes se perguntam: “Por que estamos tendo essa reunião? Queremos uma decisão, queremos informar ou queremos deixar claro para nós mesmos o que devemos fazer?” Eles insistem que o objetivo seja pensado e explicado antes de uma reunião.
O homem eficaz sempre declara, no início de uma reunião, o propósito específico e a contribuição que deve alcançar. Ele garante que a reunião se direcione a esse objetivo. O foco na contribuição neutraliza um dos problemas básicos do executivo: a confusão e o caos dos eventos e sua falha em indicar o que é significativo e o que é apenas “ruído”.
Por fim, o foco na contribuição combate a tentação de permanecer dentro da organização. Isso leva o executivo – especialmente o homem de nível superior – a desviar os olhos do interior dos esforços, do trabalho e dos relacionamentos, para o exterior; isto é, para os resultados da organização.
Focar na contribuição é focar na eficácia.
Não me diga que você teve uma reunião maravilhosa comigo
Quando, no final de sua longa vida, perguntaram a Peter Drucker, qual era sua maior contribuição, ele respondeu: “O que eu diria é que ajudei algumas pessoas boas a serem eficazes no coisas certas.” A eficácia, ele disse, é “fazer bem as coisas certas”.
Ser você mesmo significa identificar e desenvolver suas próprias forças.
“A grande maioria dos executivos”, escreve Drucker, “está ocupada com esforços e não com resultados. Eles se preocupam com o que a organização e seus superiores lhe ‘devem’ e devem fazer por eles. E estão conscientes acima de toda a autoridade que ‘deveriam ter’. Como resultado, ele se tornam ineficazes.”
Em The Practice of Management, Drucker recontou uma história favorita sobre três pedreiros que foram questionados sobre o que estavam fazendo:
O primeiro respondeu: “Estou ganhando a vida”. O segundo continuou martelando enquanto dizia: “Estou fazendo o melhor trabalho de lapidação em todo o condado”. O terceiro olhou com um brilho visionário nos olhos e disse: “Estou construindo uma catedral”.
A última pessoa é quem está pronto para a eficácia. Ela está focada no exterior, na contribuição.
Recomendações adicionais by Cohen
Você encontra muitos autores modernos que falam a mesma coisa sob outras formas. Alguns até adotam a máxima de não participar de reuniões, por exemplo. Atitude radical.
Bem, na plataforma https://4hd.space e na https://vokyus.com existe um curso denominado O EXECUTIVO EFICAZ baseado nos aprendizados de Drucker.
Se você gosta de ir mais a fundo, compre o livro dele (em inglês) denominado The Effective Executive.
Por último, lembre-se do curso de Gestão de Serviços para Help Desk e Service Desk que acontecerá dias 18-19-20 de agosto comigo, totalmente online e com apenas 9 alunos. Ou seja, seja esperto e agilize sua inscrição.
Abs
EL CO
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