Em 2020 você será um gestor de suporte melhor

Você pode saber tudo de métricas, processos etc., mas…

Se não souber se relacionar com sua equipe, todo esse conhecimento adiantará em nada.

Sério.

Seu time vai sabotá-lo, fazer corpo mole, falar pelas costas (ai, que horror!) e muitas dessas ações acontecerão de forma inconsciente (yep, existe o inconsciente coletivo).

Para amenizar tais dificuldades você precisa fazer um ajuste interno comportamental.

Pensando em você (e em mim) recomendo este livro que li em janeiro agora e cujo tí­tulo é Gatilho.

O autor é o reconhecido coaching de executivos Marshall Goldsmith e que ajudou personalidades como o presidente mundial da Ford, o presidente do Banco Mundial e mais um monte de gente graúda.

Gatilhos, gatilhos, gatilhos

O autor pega uma carona no livro o Poder do hábito de Charles Duhigg e explica como os gatilhos trabalham sobre a gente.

Algo provoca uma ação e quando vemos, já fizemos a mancada. Vale aqui aquele ditado “Perco o amigo, mas não perco a piada”.

E depois do gesto realizado, nos arrependemos em seguida, mas… Normalmente já é tarde.

Ele cita que o ambiente nos comanda. Nos provoca. E que ficamos sujeito a ele quase 100% do tempo (exceto se você estiver dormindo).

Ilustro: leio um texto novo do Fernando Baldin nalguma mí­dia social.

Por vários anos fomos propositalmente rivais em debates públicos. O tempo passou, ele avançou por outros caminhos, mas eu fiquei preso naquele contexto.

Então quando vejo um texto dele na internet, não consigo me segurar e replico com algo contrário, mesmo que ele esteja certo. Isso é o gatilho e a consequência do mesmo.

O que Marshall sugere no seu livro é interpor um momento entre o impulso e o comportamento que seria o instante da “consciência”.

Aquele momento em que seguramos a onda. E no livro ele explica como fazer esse tipo de intervenção.

EDAFÊ

Quando temos consciência de um gatilho, vem a questão:

Eu estou disposto,
Desta vez,
A realizar o investimento exigido para
Fazer a diferença positiva sobre
Esse assunto?

Sabe o que é isso?

Chegou aquela mensagem no grupo de Whatsapp. Dá vontade de parar tudo e responder, mas…

Epa, opa!

Vale a pena? Vai fazer alguma diferença para o resto do mundo ou somente para o meu ego?

A oportunidade de parar e questionar faz com que você valide a situação e…

Quem sabe, volte ao trabalho e despreze aquela provocação. Torna-se mais produtivo e promove menos indignações.

Estrutura

Isso é quase um sinônimo de rotina. É um padrão de comportamento.

É não se deixar levar e ter um método de abordagem para as situações.

É, por exemplo, não tomar decisões importantes no final do dia quando está com esgotamento mental (ou ego depletion, vide Wikipedia).

É ter com quem conversar periodicamente (seu chefe o recebe sempre nos mesmos dias para um bate-papo a respeito do andamento do departamento?) e assim por diante.

Leia

Leia. Faça seu resumo.

Este ano eu não vou ceder aos meus impulsos em relação ao Baldin.

Não quero mais aceitar o dito popular “Perco o amigo, mas não perco a piada”.

Até porque se me deixo levar por esses gatilhos, muitos projetos atrasam em função disso.

Feliz ano novo, brothers and sisters.

Nos vemos por aí­.

Abrazon

EL Cohen

 

 

 

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