Você pode saber tudo de métricas, processos etc., mas…
Se não souber se relacionar com sua equipe, todo esse conhecimento adiantará em nada.
Sério.
Seu time vai sabotá-lo, fazer corpo mole, falar pelas costas (ai, que horror!) e muitas dessas ações acontecerão de forma inconsciente (yep, existe o inconsciente coletivo).
Para amenizar tais dificuldades você precisa fazer um ajuste interno comportamental.
Pensando em você (e em mim) recomendo este livro que li em janeiro agora e cujo título é Gatilho.
O autor é o reconhecido coaching de executivos Marshall Goldsmith e que ajudou personalidades como o presidente mundial da Ford, o presidente do Banco Mundial e mais um monte de gente graúda.
Gatilhos, gatilhos, gatilhos
O autor pega uma carona no livro o Poder do hábito de Charles Duhigg e explica como os gatilhos trabalham sobre a gente.
Algo provoca uma ação e quando vemos, já fizemos a mancada. Vale aqui aquele ditado “Perco o amigo, mas não perco a piada”.
E depois do gesto realizado, nos arrependemos em seguida, mas… Normalmente já é tarde.
Ele cita que o ambiente nos comanda. Nos provoca. E que ficamos sujeito a ele quase 100% do tempo (exceto se você estiver dormindo).
Ilustro: leio um texto novo do Fernando Baldin nalguma mídia social.
Por vários anos fomos propositalmente rivais em debates públicos. O tempo passou, ele avançou por outros caminhos, mas eu fiquei preso naquele contexto.
Então quando vejo um texto dele na internet, não consigo me segurar e replico com algo contrário, mesmo que ele esteja certo. Isso é o gatilho e a consequência do mesmo.
O que Marshall sugere no seu livro é interpor um momento entre o impulso e o comportamento que seria o instante da “consciência”.
Aquele momento em que seguramos a onda. E no livro ele explica como fazer esse tipo de intervenção.
EDAFÊ
Quando temos consciência de um gatilho, vem a questão:
Eu estou disposto,
Desta vez,
A realizar o investimento exigido para
Fazer a diferença positiva sobre
Esse assunto?
Sabe o que é isso?
Chegou aquela mensagem no grupo de Whatsapp. Dá vontade de parar tudo e responder, mas…
Epa, opa!
Vale a pena? Vai fazer alguma diferença para o resto do mundo ou somente para o meu ego?
A oportunidade de parar e questionar faz com que você valide a situação e…
Quem sabe, volte ao trabalho e despreze aquela provocação. Torna-se mais produtivo e promove menos indignações.
Estrutura
Isso é quase um sinônimo de rotina. É um padrão de comportamento.
É não se deixar levar e ter um método de abordagem para as situações.
É, por exemplo, não tomar decisões importantes no final do dia quando está com esgotamento mental (ou ego depletion, vide Wikipedia).
É ter com quem conversar periodicamente (seu chefe o recebe sempre nos mesmos dias para um bate-papo a respeito do andamento do departamento?) e assim por diante.
Leia
Leia. Faça seu resumo.
Este ano eu não vou ceder aos meus impulsos em relação ao Baldin.
Não quero mais aceitar o dito popular “Perco o amigo, mas não perco a piada”.
Até porque se me deixo levar por esses gatilhos, muitos projetos atrasam em função disso.
Feliz ano novo, brothers and sisters.
Nos vemos por aí.
Abrazon
EL Cohen