“Eu tenho a força!!!” – tem nada, seu tolo!

As empresas de tecnologia, salvo exceções, surgem de duas formas:

  1. Universitários montam um negócio mesmo antes de saí­rem do curso e desdenham a ideia de emprego
  2. Empregados saem da empresa e estabelecem uma firma – individual ou não – para ganhar mais

Claro que existem variações nos itens acima.

Não precisa já ser universitário para fundar uma empresa. Assim como no segundo caso, o sujeito pode ter sido demitido e não encontrar mais oportunidades (na visão dele) e coisa e tal.

Fato é que se originam dessas raí­zes empresas que cuidam de infraestrutura de TI, as softwares-houses, consultorias, o escambau.

O dilema

Todas se deparam com uma situação de impasse:

Pra crescer e faturar (e ter grana para reinvestir), acabam abraçando a maior quantidade possí­vel de clientes. Significa, muitas vezes, abrir mão da missão ou do foco inicial. 

Se o negócio era fazer ERP para “bancos de sangue“, topa adaptá-lo também para “portos de areia“.

Ou surgiu para configurar servidores, mas aceita prestar manutenção em equipamentos. Ou vice-versa.

E descobre que tem uma multiplicidade de tipos diferentes de clientes (segmentos, tamanhos, etc.).

Quando não compreende que está a evoluir um baita problema, põe-se feliz como mosca em tampa de xarope (atualmente, em latinha de Coca-cola).

Quando percebe, sofre barbaramente, pois não consegue desapegar de cliente algum, seja:

  1. por causa da grana
  2. por que mantém laços afetivos com eles

José Galló

Daí­ que estou lendo o livro O poder do encantamento do José Galló – quando tem livro abaixo de R$ 20 na Amazon Kindle eu compro. Vários, aliás.

Ele é o atual CEO (presidente?) das Lojas Renner (antigo “o Renner” cujo nome foi readaptado para o mercado feminino).

A empresa tem 460 lojas e é a dona das redes Camicado e Youcom.

É a maior rede de varejo do Brasil.

Então ele tem “farinha no saco” para apresentar recomendações a proprietários e diretores de empresas.

Eu captei este longo excerto (leia, não bobeie):

A propósito, palestrando em um evento nacional que reunia mil varejistas de todo o Brasil em Porto Alegre, perguntei quem já havia enfrentado problemas financeiros em suas empresas. Mais de 80% levantaram o braço.

Em seguida, perguntei quem havia tido problemas com a área comercial, e em torno de 10% se manifestaram. Os outros 10% pareciam não saber identificar que tipo de problema já haviam enfrentado.  Desculpei-me com o público, mas afirmei que, na minha opinião, não existem problemas financeiros.

O que existem são problemas estratégicos, referentes a posicionamento e ações comerciais equivocadas que, estes sim, acabam criando dificuldades financeiras. Os problemas financeiros não são a causa, e sim o efeito, a consequência de não se adotarem as estratégias adequadas para atender o consumidor.

Acrescentei que, especialmente em empreendimentos menores, costuma preponderar aquilo que o proprietário prefere e gosta, e não o que o consumidor quer. Esses negócios não apenas não satisfazem seus públicos, como estão ainda mais distantes da ideia de superar expectativas, encantando-os.

Talvez pareça um tanto radical, mas acredito que empresas que não satisfazem, morrem; as que satisfazem, crescem pouco; apenas as que encantam se destacam e crescem muito. É um erro de avaliação, que tanto pode ser referente ao mix de produtos, ao ponto de venda ou, ainda, à polí­tica de preços.

Tudo acaba redundando em problema de fluxo de caixa, e no desespero e afã de se capitalizar, o dono da empresa, pensando que está atacando a causa — quando na verdade está agindo sobre o efeito —, vende sua casa da praia, depois o carro, e não adota a medida mais adequada: reposicionar o negócio.

E inserido o texto acima, com os devidos negritos grifados por mim, creio que mais nada preciso escrever.

Como diziam os antigos: “” O que é ruim de tomar, é bom pra curar”.

Se eu precisar desenhar, rá-rá, você está ferrado ralado, por que sou péssimo nisso.

Semana que vem

Último curso de Gestão de Serviços para Help Desk e Service Desk do ano.

Em São Paulo, dias 24-25-26 de outubro.

Mandei imprimir o material didático, mas sempre faço mais para alguém que consegue aprovação em cima do laço.

Será você?

Abrazon

EL CO

PS: “Por que me olhas, se não me tiras para dançar?”

Ditado gauchesco pra dizer, venha logo ao curso, pombas! É o último do ano!

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