O que tio Cohen leu e compartilha com você, querido leitor
Business-Defined IT na Era dos Aplicativos: Inovando diariamente
Já escrevi sobre o lançamento deste livro do Ricardo Mansur e como ele foi entregue “de graça” — literalmente — aqui no blog. Quem perdeu, perdeu a chance de economizar… Treze reais!
Esplêndida obra. E é por isso que encabeça a lista desse artigo.
Ele faz o que o povo não consegue devido a um dia a dia atribulado:. enxerga na frente. E, entre outras coisas, apresenta como será o Service Desk do futuro (sem atendentes, com rotinas de reconhecimento de voz e inteligência artificial a mil e muito mais gente trabalhando na área). Yeah, mais gente!
Não entrem em pânico, desde que já iniciem a estudar Big Data e outros temas citados na obra.
Também demonstra como o cálculo do PIB norte-americano desdenha certos fatores e como será alavancado logo ali adiante por itens hoje não contabilizados, como aplicativos tipo Uber, AirBnB e outros.
É uma dramática análise de nosso futuro.
Segundo a empresa de consultoria McKinsey, 65% das tarefas de um atendente de suporte técnico podem ser automatizadas com as tecnologias existentes. E se há alguns anos atrás não imaginávamos os smartphones e apps e isso aconteceu em um ínfimo espaço de tempo do gênero humano, conseguem pensar no que vem pela frente?
O Mansur sim.
Compre e leia. E depois venha discutir.
A mente organizada: como pensar com clareza na era da sobrecarga de informação
Meu projeto do livro de Psicologia em Help Desk e Service Desk foi suspenso devido a uma gigantesca demanda sobre o tema métricas.
Satisfeita esta necessidade do mercado, retorno ao meu assunto preferido dos últimos tempos: o ser humano atendendo e sendo atendido por centros de suporte. E isso envolve também os gerentes e suas técnicas para convencer arriba, abajo, al centro, adendro!
A obra do Daniel Livitin, A mente organizada, é muito generosa por que explica como nos organizarmos em nossas casas, no mundo social, em nosso tempo, no mundo dos negócios, como tomar as decisões mais difíceis, o que ensinar a nossos filhos e muito mais.
Mas não é a porra bosta droga de um livro de auto ajuda que só fala o já sabido.
Ele envolve questões de psicologia e neurociência com uma abordagem simples e clara, sem aprofundar em expressões biológicas confusas e totalmente irrelevantes para nós, personagens de suporte técnico. Até por que não iríamos entendê-las, kkk.
- Qual a diferença do modo focado e do devaneio? E como cada uma nos traz benefícios e como provocá-los?
- Por que ter um lugar certo para chaves em casa e como isso desanuvia (ui, lindo isso!) a nossa mente de preocupações?
- Por que fazemos generalizações?
- Por que responder a um e-mail é irresistível exatamente quando estamos frente a uma tarefa que exige planejamento e concentração (dica: responder um e-mail tem o mesmo efeito no cérebro que o chocolate)?
- Qual a dica para amenizar o jet lag sob o prisma biológico?
- Por que fazer logo pela manhã a tarefa que consideramos mais chata e importante? Como tomar decisões árduas principalmente sobre nossa saúde (as sacanagens de manobras com estatísticas)?
Vai ler…
MAKERS — a nova revolução industrial
A economia além da Web, pela mesma estimativa, gira em torno de USS130 trilhões. Em suma, o mundo dos átomos é pelo menos cinco vezes maior que o mundo dos bits.
Chris Anderson (o mesmo autor de Cauda Longa e Free, o futuro dos preços) explica em sua nova obra MAKERS, a nova revolução industrial como as impressoras 3D e o compartilhamento de projetos sob forma de código aberto irão revolucionar o mundo.
Começa narrando uma história do seu avô: o mesmo tivera uma ideia para um irrigador automático de gramado e como não tinha grana para produzir e vender, acabou vendendo a patente para uma empresa que explorou a ideia e faturou milhões.
Agora é diferente. O sujeito cria, executa o projeto e inclusive comercializa via internet. Tudo por sua conta.
Olhem só: as impressoras 3D permitem aos fabricantes de jatos imprimirem peças em ilhas remotas quando são necessários reparos no avião naquele local graças a essa nova tecnologia. Baixa o design da peça via internet e imprime-a (existem vários formatos) por lá mesmo.
Como a produção de um buzilhão de produtos agora ficou mais fácil, pois o sujeito imprime um modelo em casa e, se tudo OK, envia para os correios (norte-americanos, claro) que imprimem a peça na cidade do destinatário e entregam para ao mesmo. A fudê!! Sensacional!
As mega fábricas desaparecerão (exagerei, algumas continuarão). A produção voltará para os EUA, retornando da China (talvez alguma coisa ainda reste por lá). As placas Arduino permitirão construir em casa dispositivos de controle para qualquer coisa.
O mundo vai mudar pra caralho valer. E você vai assistir isso por que é já!
ZAG — a estratégia número 1 das marcas de sucesso
Revisitei o livro do Marty Neumeier denominado ZAG.
Ele é antigo — de 2008 —, mas ainda cheio de boas sacadas para quem é empreendedor ou possui uma pequena empresa.
Destrincha a poluição conceitual que existe no mercado para fixar uma marca, explica que é um bom ter um antagonista e que este deve ser o líder de mercado, relembra trechos de outros autores (“Como costumam declarar os estudiosos de posicionamento, Jack Trout e Al Ries, a maior vencedora não é aquela marca que entra primeiro no mercado, mas aquela que penetra na cabeça das pessoas.“), caracteriza os estágios das empresas naquele jogo de “pedra, tesoura e papel” e muito mais.
A sabedoria dos antigos
Não é autoajuda, hahaha. Até por que esse sujeito é o Francis Bacon, reconhecido como o pai da ciência moderna (vai na Wikipedia ou no Google).
Na sua obra A sabedoria dos antigos ele cata vários mitos da Grécia (Cassandra, Narciso, Perseu, Orfeu, Proteu, Dédalo, Atalanta, Esfinge, etc.) e primeiro apresenta uma pequena narrativa sobre o mito.
Em seguida, realiza uma análise e como este poderia ser adaptado para o mundo atual (dele, claro, mas nada nos impede de contextualizarmos nos anos atuais) e explica como governadores podem se deixar levar por bajuladores, sobre como conduzir uma guerra, etc.
Obviamente trata-se de um exercício de análise, inferência e retórica, o que para mim é muito excitante, pois coloca a “cachola” para funcionar.
E vai que possamos usar tais inter-relações em outras circunstâncias?
Além do mais, podemos aprender história. 🙂
Carta aos escroques da islamofobia que fazem o jogo dos racistas
Esse livro é uma cacetada em quem vem transformando a expressão racismo em islamofobismo.
Quem escreveu o livro Carta aos escroques da islamofobia que fazem o jogo dos racistas foi o diretor do jornal Charlei Hebdo, aquele que sofreu um atentado terrorista na França por que um tempo antes havia publicado charges de Maomé. E composto alguns dias depois do medonho ato de terror.
Um excerto do texto já ajuda a ter noção do que ele contesta:
Quando uma mulher de véu é insultada e violentada porque está usando véu à moda muçulmana (o inapreensível agressor é geralmente descrito como um skinhead), o anti-islamófobo apoia a vítima por sua condição de representante do islamismo, e não por se tratar de uma cidadã discriminada por um fascista em razão de suas crenças.
Para seu defensor, o mais grave é que tenha sido atacada enquanto mulher muçulmana e não enquanto cidadã que tem o direito de se vestir como quiser.
Captaram? Toda forma de racismo é… Racismo! E assim deve ser caracterizada.
Porém ele não para por aí e avança sobre o movimento de “— Quem sabe não publica mais charges de terrorista muçulmano?”.
Ao que ele redargui explicando que não é por que a imagem apresenta um muçulmano que todos devem imaginar-se ofendidos. Se assim fosse não poderiam mais desenhar judeus, africanos, franceses, comedores de cenoura e por aí vai.
Puta Baita livro.
Evita caiar em valas comuns do “politicamente correto” e impedir que isso vire uma saia justa contra nossa liberdade.
Um cântico para Leibowitz
Hummm… Uma narrativa bem curiosa este Um cântico para Leibowitz.
Após um holocausto nuclear, vejam só quem protege a ciência (livros): a religião (geralmente há uma guerra entre ambas).
Há uma desarvorada caça aos estudiosos (nada a ver com a queima de livros feita por Hitler, por exemplo, hehe) e os padres são os únicos que podem tê-los, mas apenas para manutenção, sem poder aplicar os conhecimentos ali existentes.
É muito legal ver a imaginação humana (do autor) criar cenas e situações diante de um futuro que, bom, errr, nunca se sabe.
E no final — vou adiantar por que você não vai ler mesmo, dado a forma que anda carregando livros de ITIL, COBIT, etc. — os monges são obrigados a pegar uma nave espacial para levar os livros a outro planeta antes que invadam o santuário do conhecimento e destruam tudo. Bah.
Sobre a decadência da arte de mentir
Tiro curto.
Mark Twain escreveu esse artículo Sobre a decadência da arte de mentir (e que custa 3 pila na Amazon) com uma carga de ironia estupenda.
E já que não posso mais usar a minha própria ironia como dantes (ah, idade, idade), regozijo-me (Cohen, vai pra p… que pariu com essas expressões) com quem a escreve e tem classe para tal.
Aliás, o autor é o mesmo de Tom Sawyer (tá, já sei: nunca leu e nunca lerá) e outros.
De qualquer modo, se aprecia o deboche e quer ver como ele consegue convencer as pessoas que a mentira é necessária, cabe a leitura.
Até por que é curto e rápido. Dá tempo de ler numa viagem de fretado, hehe.
Resumão
O livro do Mansur é obrigatório. O do Daniel Livitin idem.
Se está preocupado com o futuro, aproveita o do Chris Anderson (não é Andersen, senão seriam contos de fadas!).
O do Charb — se você faz parte de uma minoria — é leitura obrigatória.
E se não é também, pois faz parte de uma sociedade.
Well…
Comunico aos amigos que estou partindo para a Península Ibérica (Espanha e Portugal) dia 15. Não tá fácil viver ao sul do Brazil, nobres amigos.
Mas amanhã ainda dá tempo de um tirinho até Petrolina/PE e retorno a tempo do Congresso do HDI que acontecerá em maio!
Abrazon
EL CO