É chato, é constrangedor, mas é preciso!
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Como colocam muita coisa por lá, é preciso pinçar aquilo que lhe parece interessante ou não. Inclusive no momento de vida atual da maioria dos brasileiros.
Que momento é esse: dado o enxugamento das máquinas administrativas para enfrentar “certa” escassez momentânea (segundo nossa presidente), o pessoal acaba “se virando nos 30” (expressão faustiana, mas não do Goethe e sim do apresentador da Globo) e faz das tripas coração para realizar suas tarefas.
E realizar a tarefa dos outros e é aí que começa o problema.
Sobre o artigo
“How to say no to taking on more work” é o título do texto da Rebecca Knight que pode ser traduzido para alguma coisa parecida com “Como dizer não para assumir mais trabalho”.
Alguém lhe pede para fazer mais uma coisa (quando é que não pedem?!). Como dizer “não” sem ofender a outra pessoa, ou evitar ser rotulado como “sujeito sem espírito de equipe” ou ainda “cara complicado de trabalhar”?
Hahahaha, daí para assumir a posição de Don Casmurro e ser sempre um cara chato que todo mundo tem medo de pedir algo é um passo. Só que isso também tem seu revés que é ser isolado do grupo.
OK, vamos adiante. Eu não vou caracterizar toda a situação, a maioria das pessoas tem experiência nisso ou se quiser, pode visitar o link indicado e ler detalhadamente.
Sugestões de dois autores apresentado pela Rebecca:
- Avalie o pedido — antes de sair disparando uma negativa, veja se o projeto ou tarefa é legal, interessante, o quanto vai exigir de trabalho de você, etc.
- Seja simples e direto — não está a fim? Não vai ter capacidade de ajudar considerando suas tarefas atuais? Melhor ser honesto do que inventar subterfúgios e pequenas desculpas para o fato de rejeitar ajuda à outra pessoa. O sujeito pode lhe achar um hipócrita se ficar enrolando. Seja sincero e explique os projetos atuais que está envolvido atualmente. E encerre com um “— Cara, eu não vou conseguir lhe ajudar como espera e ainda vou prejudicar os meus projetos atuais”.
- Ofereça uma tábua de salvação — manter um bom relacionamento sempre é bom (vai que amanhã é você a pedir ajuda), daí que demonstrar empatia, falar que “— Puxa, sei que não lhe ajudando como queria, a bola volta pra você”. Se der, diga que pode ser útil na tarefa ou projeto assistindo alguma discussão de brainstorming, ouvir a ideia de como ele pretende resolver e assim por diante. Demonstrar espírito de equipe é importante. Fique ligado: se não pode ajudar, também não deve dar bandeira tagarelando duas horas na mesinha do café, chegando mais tarde no serviços e situações similares.
- Não seja “bacaninha” — às vezes, para ser agradável, as pessoas falam coisas que não deviam e acabam se comprometendo ou deixando uma brecha para um possível “sim” daqui a alguns dias. Não faça cara de resmungos, claro, de tal maneira que a pessoa nunca mais venha lhe pedir ajuda. Mas também seja firme e não relutante, por que a pessoa pode imaginar que insistindo um pouco mais…
- Ajuste suas expectativas — obviamente a pessoa pode ficar “fula da vida”, ainda que você siga estes passos recomendados pelos autores. Isso não significa que a inimizade ou indignação dure para sempre. Talvez a pessoa fique frustrada, mas não fantasie que durante três semanas ela nunca mais fale com você.
- Praticar — vá lá… Se enfie numa sala sozinho ou com um colega e largue um sonoro “não”. Descubra um tom de voz claro e diplomático para que as pessoas continuem respeitando você.
Os autores citados por Rebecca são:
- Karen Dillon — Como Avaliar Sua Vida?: Em Busca do Sucesso Pessoal e Profissional
- Holly Weeks — Failure to Communicate: How Conversations Go Wrong and What You Can Do to Right Them
Peter Drucker
E Peter Drucker nos dá uma canja e complementa com outro motivo que, muitas vezes, o pessoal abraça uma nova tarefa:
Assumir tarefas para as quais não se tem a devida capacidade é comportamento irresponsável. É também cruel. Cria expectativas que não serão atingidas.
Abração a todos e um feliz 2016
EL CO
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