Os melhores gerentes são… Chatos!

Saiu na Harvard Business Review artigo de professor de Psicologia nos Negócios

Então…

O professor Tomas Chamorro-Premuzic, autor de vários livros e artigos cientí­ficos, escreveu um texto na Harvard — The best managers are boring managers — em setembro passado afirmando exatamente isso!

robo chato 2

Você ficou espantado? Leia mais…

Segundo ele, um gerente robô seria capaz de ser objetivo, transparente, altruí­sta e apolí­tico. Com tais qualidades, assinalaria a tarefa certa para cada pessoa, promoveria uma cultura da verdade e manteria o moral alto.

Você quer que eu explique?

OK, objetivo por que não ficaria enrolando para dizer logo o que deseja dizer; transparente e sem segundas intenções de tal maneira que os subordinados possam perceber exatamente a ideia ou o que ele deseja; altruí­sta por que não seria egoí­sta, tentando arrastar o fogo pro seu assado, mas sim para o que é melhor para a empresa e finalmente apolí­tico por que não faria joguinhos de troca-troca, o que muitas vezes prejudica boas ideias em prol de interesses escusos.

O dito cujo monitoraria o desempenho do grupo e dos indiví­duos como se fosse uma app (tem lugares que o pessoal nem estabelece metas, quanto mais monitorar a performance, hahaha) e daria feedbacks em tempo real.

Ou seja, seria previsí­vel e chato, pois se alguém faz mancada, já sabe que vem uma correção de comportamento. E se faz algo correto, vem elogio.

O problema é que…

As empresas quando contratam ou promovem alguém a gerente não avaliam esse tipo de comportamento, mas adotam atalhos.

Fazem contratações baseadas no conhecimento técnico passado (quantas certificações de ITIL o sujeito tem?) ou consideram o desempenho individual anterior.

Mas caramba, agora é um novo cargo.

O que acontece com esse tipo de agir das empresas é que pegam alguém altamente qualificado e o transformam em alguém estupidamente desqualificado!

Desgraça.

É preciso procurar — com as ferramentas adequadas — aquilo que se deseja. E não medir a coisa errada (capacidade técnica, por exemplo).

Contradição

Um profissional assim, como já dito, seria chato. E para isso é preciso ser maduro, agradável, consciente, sociável, prudente e flexí­vel. Bem ao contrário das personalidades voláteis e antissociais.

bad steve jobsDaí­ que a maioria dos profissionais fica a ler as biografias de Steve Jobs, Jeff Bezos (Amazon), etc. que claramente eram pobres ouvintes e bastantes sensí­veis à crí­tica.

Pior, quem não tiver o talento dessas figuras e adotar seus métodos claramente se ferrará dará mal.

Tudo por que quando o sujeito se torna um gerente ele precisa mudar de plano. Parar de resolver problemas técnicos e resolver problemas com/das pessoas. É preciso quase ter uma reatividade emocional como a da rainha da Inglaterra, hahaha.

O que os funcionários mais valorizam, segundo o Tomas: integridade.

Bom, vá ler o artigo dele, o link está no iní­cio desse texto.

Sugestão

waySe você é o dono da empresa, pense em realizar uma seleção profissional para colocar como gerente uma pessoa que fará as coisas acontecerem conforme o plano estratégico. Quais as reais qualidades desejadas para a função, sua capacidade interpessoal, tratamento de conflitos, etc.

Se você é o próprio gerente, carece ver se tem o talento das figuras citadas (Jobs, Bezos); caso contrário esqueça suas biografias como modelos de ação e procure algo mais condizente com a função gerencial (dê uma olhada nos livros do Tomas).

Aliás, 4a-feira começa o curso de Gestão de Serviços para Help Desk e Service Desk em São Paulo. E as inscrições ainda estão abertas.

É a sua hora?

Baita abraço,

EL Cohen

 

 

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