As viagens das duas últimas semanas e cursos realizados, assim como comentários
É um chavão, mas para um consultor e professor, nada melhor do que estar junto com a turma da operação (da Gemba, pra quem gosta do “real place” e de melhoria contínua) para conhecer novas realidades e questionar nossas certezas.
Santa Maria – 13 de abril
Caramba, a estrutura do Tecnoparque é algo inacreditável. Um ambiente remoto, tranquilo, no fim do parque industrial, com tudo que empresa de tecnologia precisa pra se estabelecer. Salas novinhas, sala de reunião ociosa, laboratório lotado de computadores novos e muitas salas disponíveis.
A minha palestra foi às 19:00 de uma segunda-feira. Achei que não haveria ninguém. Mas… Surpresa: 65 pessoas lá para me ouvir. Fiquei sorridente, mais feliz que gato de açougueiro que pega todas as sobras e vive gordo. E então desempenhei com alegria.
Na saída, uma tropa de alunos do curso de informática… E estupefação, fiquei pasmo. Eles me perguntavam que tipo de aplicativo ou tecnologia poderiam desenvolver para ser bem-sucedidos.
De prima, já fui avisando que mais aplicativos comerciais estilo ERP não! Perguntei que indústrias existiam ao redor do polo de tecnologia. Uma de elevadores e outra de implementos agrícolas foi a resposta. Comentei: por que não fazem algum tipo de controlador eletrônico para o elevador, incluindo conexão com mobiles, etc.? E por que não algo como drones para a fábrica de implementos agrícolas. E que usem GPS para otimizar o ganho do agricultor?
E quando fossem vender a ideia, sempre se lembrassem da frase basilar do meu guru Ricardo Mansur: SHOW ME THE MONEY.
Não falar de tecnologia, velocidade, qualidade, etc., mas sim como o que desenvolveriam ajudariam o dono da indústria a ganhar mais dinheiro. E lembrei-os que ele tem a responsabilidade de muitas vidas e famílias dentro de uma indústria, por isso precisa sempre pensar no gerenciamento de recursos e uma ideia boa em prol disso sempre é bem recebida.
(Na palestra da SAP, mas lá embaixo, expliquei que o lance não era tecnologia, mas sim atender ao que o usuário/cliente deseja, mesmo que este ainda não saiba).
Algumas fotos de lá:
Porto Alegre – 15 de abril
Dois dias após, em Porto Alegre, o curso Tudo que um gestor de suporte técnico deveria saber.
O auditório do SEPRORS RS é imbatível em termos de instalação para curso sem computadores. Aliás, todo o staff é sensacional. Eu recomendo.
Sete profissionais reunidos para me ouvir e, claro, discutir sobre os assuntos do momento. Pegou firme mesmo o lance de TDAH e o eterno e polêmico catálogo de serviços. Mas outros fatos surgiram na roda de debates e um aspecto curioso: quase todas as empresas eram da área de tecnologia. Cabe destacar que ainda recebi um mimo do pessoal de Pelotas: os reconhecidos internacionalmente e maravilhosos doces de Pelotas. Os quais geraram uma pendenga às ganhas aqui em casa, pois acabaram antes da mulher chegar e ela só viu a caixa (linda) vazia.
Passsar pra trás a chefe dessa maneira é pedir pra morrer.
Mas os doces são muito bons!
Belo Horizonte – 17 de abril
Dois dias depois (novamente), o curso Tudo que um gestor de suporte técnico deveria saber, só que agora em Belo Horizonte. E que magnífica demonstração de união das entidades de TI mineiras:
Reuniram-se todas sob um guarda-chuva e organizaram um ambiente propício para desenvolvimento de start-ups, desenvolvimento de conhecimento e até duas salas estilo Harvard para palestras e cursos. Vi que, juntas, oferecem mais de 15 cursos somente para o mês de maio, sem contar com outras iniciativas.
21 participantes foram reunidos. A turma de Minas é porreta e se mexe pra organizar um evento. A Assespro MG é a única entidade que todo ano se mobiliza para me levar lá através de um contrato ganha-ganha comigo. E não é à toa que os mineiros ultrapassam devargazinho e mui ligeirinho quase todos os estados da federação, menos a locomotiva do Brasil (São Paulo) que essa é literalmente hors-concours.
Nem o Rio Grande do Sul, mas esse não faz parte mesmo do Brazil (hehehe, um pouquinho de bairrismo não custa nada). Aliás, falando em bairrismo, saiba por que os gaúchos não perderam a guerra contra o Brazil na famosa Revolução Farroupilha. Quem explica é esse vídeo da cerveja Polar – No Export:
São Leopoldo – 22 de abril
Encerrei o período de abril numa empresa estupenda, de dar orgulho a quem trabalha lá: SAP.
Palestrei num ciclo de eventos de três dias – eles estão constantemente em treinamento, ao contrário da maioria das empresas brazileiras que raramente treinam seus funcionários -, formatado em pequenas palestras para os times se atualizarem das novidades.
Como eu não tinha muito tempo, resolvi fazer uma palestra de 45 minutos convocando-os a pensarem. A maioria do pessoal age automaticamente – mostrei isso através de alguns exercícios – ou toma ações sem pensar (a invasão do Jefferson Memorial por pássaros foi outro exercício). Quanto mais os colaboradores pensam (e lá na SAP quase todos têm MBA, mestrado ou doutorado), mais o gestor pode se liberar para cuidar de ações mais importantes.
Um plus: foi uma palestra internacional, pois estavam presentes um alemão, vários paulistas e pessoas de outras nacionalidades, além do Rio Grande do Sul.
Oh yeah, que maratona.
No próximo artigo contarei sobre a maratona do mal…
EL CO
Recado: Somente cursos de Gestão de Serviços para Help Desk e Service Desk agora até o final do semestre. Se aligeire, pois são apenas 9 vagas em cada um.
www.4hd.com.br/#!/calendario – datas e inscrições
Rio de Janeiro – maio – 27-28-29-30
São Paulo – junho – 24-25-26-27
Belo Horizonte – julho – 22-23-24-25