HDI norte-americano prepara gráficos de pesquisas realizadas
Existem vários infográficos para download e análise, dos quais eu baixei:
A guerra dos talentos – um colorido esquema apresentando o ciclo de turnover dentro de uma área de suporte.- Mobilidade bagunçando o suporte – números de tudo quanto é lado para mostrar alguma coisa que não entendi.
- Quantidade de suporte a desktop continua crescendo – esse infográfico está mais organizado numa sequência cronológica e ajuda a compreender o que está acontecendo nessa área de atendimento.
- Técnicos de suporte a desktop num vupt – o mais bacana deles, pois apresenta um retrato do que é um técnico dessa função, as qualificações necessárias, salários, quantidade de clientes atendidos por técnico (hahaha, a famosa fórmula que todo mundo procura, já toquei no assunto aqui no blog sob o título Em busca do Graal) e outros detalhes.
A maioria das informações são inferências extraídas da pesquisa anual que o HDI norte-americano realiza. Achei bacana a modernização da apresentação dos dados, mas…
Conversava ontem com Eduardo Moura, CIO da Rede Plaza de Hotéis. Ele participou de uma conferência de TI de redes hoteleiras nos EUA agora em maio e assistiu uma apresentação de um manager da Google que recomendou:
“- Não trabalhem com amostras, trabalhem com população”. E deu um exemplo prático: “- Os homens são geralmente maiores que as mulheres?” Todos disseram sim. “- Mas se eu colocar um anão na amostra, o que acontece com a média? Se ainda por cima colocar a Gisele Bunchen, alta por si só, isso não modifica ainda mais a amostra?”
Eu fiz um curso do Daniel Ariely sobre Comportamento Irracional. Uma das disciplinas envolvia “conflitos de interesse“.
Num dos testes realizados sobre cognição havia um participante bêbado. Ele arrastou a média para baixo (não importa que média, tampouco que exercício ou teste). Só que a média se aproximava daquilo que ele, Dan, deseja provar.
Remove ou não o bêbado da amostra? Ele removeu e disse para nós, alunos:
Nossos próprios interesses podem cegar-nos e impedir perceber os interesses dos outros.
Veja, não se trata de uma questão de credibilidade. Acho que os pesquisadores se esforçam ao máximo para obter resultados críveis. E os encontram. Mas muitas vezes não percebem (ou deixam de perceber) variações que poderiam modificar completamente os resultados finais.
Também quem não tem uma população para trabalhar (apesar dos esforços de big data), vai de amostra mesmo! Mas… Não considere isso um espelho da realidade. Em minha humilde opinião.
Do proveito
Se estes infográficos confirmam seus interesses, use-os à vontade diante de sua diretoria. Eles vêm de um organismo mundial e respeito. Mas lembre-se que se recursos forem dados, resultados serão cobrados. E mesmo que não sejam dados, será cobrado de igual forma.
Se vão contra, aprecie com moderação e aprenda alguma coisa do que existe por lá.
😉
Abraços,
EL CO
PS: E não vou convidar ninguém para meu curso de Gestão de Serviços para Help Desk e Service Desk em São Paulo, pois as vagas já se esgotaram.
Mas… Em BH ainda tem chance. É a cidade dos botecos, pegue uma avião e me encontre lá!
