Eterna dúvida examinada por Matthew Lieberman
Em 27 de fevereiro de 2014 meu sobrinho profissional Fabio Serrano, hoje Development Manager at Globalization Services at SAP, mas que será sempre O Fabio, registrou na sua linha de tempo (facebook) o artigo da Harvard Business Review:
Should leaders focus on results, or on people?
É algo que atormenta os gerentes.
É uma espécie de gangorra, como exposto no próprio artigo: o cara que é bom em resultados (geralmente com mentalidade analítica), não é muito bom com as pessoas.
O texto expõe uma pesquisa feita com 60.000 funcionários (pouca coisa não foi).
Gestores identificados como aqueles com pensamento crítico sobre solução de problemas e focados em resultados foram considerados… Um grande líder por apenas 14% do pessoal.
Aqueles outros que detinham habilidades sociais, incluindo empatia e comunicação, foram considerados um grande líder por apenas 12%. Pior ainda, hahaha.
Gestores que detinham as duas características – focados em resultados e com habilidades interpessoais – foram considerados grandes líderes por 72%. Ou seja, para o sujeito ser considerado o cara – como o Fábio -, precisa combinar as duas coisas.
Mas…
E aí vem a confusão:
Quando o indivíduo é focado nalgo (resultados ou relações humanas), ele desenvolve MENOS o outro lado.
Ou seja, naturalmente, todos nós pendemos para um lado. Significa que a chance de sermos considerados um grande líder é pequena, haha.
O Mathew, autor do artigo, diretor do Laboratório de Neurociência Social Cognitiva (ou algo parecido), apresenta um mapa profissional similar ao que enfrentamos na área de suporte técnico: no ambiente de negócios, a balança acaba pendendo para o lado cerebral de raciocínio lógico e solução de problemas e é por isso que temos tantos gestores oriundos da área técnica.
Aí vem a sacanagem:
Estamos promovendo mais gente com características eminentemente técnicas para que gerenciem e tirem o máximo de seus times. Não é um paradoxo?
Se o sujeito não alcança resultados – seja lá qual for, desde lucro até concluir um projeto dentro do prazo -, ele sobra. E talvez toda a sua equipe. Mas um sujeito focado em resultados pode esgotar sua equipe e não perceber intrigas, dissabores e outros problemas dentro do time que acabam minando o alcance das metas e respectivos resultados.
Por outro lado, um sujeito que desenvolva a equipe e tenha boa capacitação de perceber quem precisa de motivação, etc. pode colocar os resultados em segundo lugar e… Bom, voltamos ao item anterior.
Duas saídas apontadas pelo autor
- Criar uma cultura dentro da empresa que recompense ambos os lados.
- Ao contratar novos funcionários, dar um peso maior para quem tem habilidades interpessoais.
Finalmente, treinar as habilidades interpessoais dos atuais integrantes. Seria como exercitar mais os músculos cerebrais (durante a explanação do texto, Mathew aponta que é natural abdicar de um lado do cérebro para se esforçar mais noutro lado – racional x emocional).
Pra tudo isso, talvez você precise de ajuda…
Bom, eu apresento duas dicas adicionais para 2014:
- Curso de Gestão de Serviços para Help Desk e Service Desk que acontece em São Paulo dias 26, 27, 28 e 29 de março agora ou Porto Alegre, 02, 03, 04 e 05 de abril
# amplo debate sobre processos e liderança dos funcionários, incluindo contratações, reuniões de feedback, motivação, etc. - Curso de Formação de Analista de Help Desk e Service Desk
# com quatro módulos que você pode contratar para o seu time, incluindo a) Processos, b) Atendimento Nota 10, c) Desenvolvimento de Habilidades Interpessoais e d) Técnica de Atendimento
See you, friends.
Smack
EL CO