Estudante, essa massaroca de benefícios é uma armadilha

O governo federal publica lei criando o Estatuto da Juventude

Tem coisas que somente a idade ajuda a ler.

E é obrigação dos mais velhos, mais lentos na produção, porém mais experientes nas sacanagens, na ajuda a compreender alguns movimentos polí­ticos.

Há algum tempo tivemos um forte movimento popular que se iniciou com pedido de passagens coletivas mais baixas. Esse era o desejo da maioria. Não era solicitação de privilégios para uma classe ou outra. Destarte, a maioria dos manifestantes era formada por jovens. E estudantes. Por que quem trabalha está no serviço. E os mais velhos, infelizmente não conseguem fazer caminhadas de 8 kms como realizadas.

Mas isso em nada diminui o movimento dos estudantes, pelo contrário. Alguém assumiu a posição de reivindicar e foram eles. Maravilha.

Os polí­ticos ficaram atônitos. Abobalhados. Não sabiam o que fazer. Agora sabem: estão oferecendo pão (e circo).

dilma estatuto

A presidente (e seu time de auxiliares) buscar mimar a classe estudantil. Afinal, é ela quem representa atualmente os anseios do povo e se ela for tranquilizada – ainda que com algum suborninho -, o resto do povo vai de arrasto.

Criação do Estatuto da Juventude

Uma bandalha sem tamanho, leia a novidade no link abaixo:

Governo publica lei que cria o Estatuto da Juventude

  • Meia entrada para jovens de baixa renda e estudantes (agora jovem de baixa renda entra nessa também,  não precisa mais estar estudando, desde que não vá quebrar vidraças da Assembleia)
  • Meia passagem no transporte para estudantes até 29 anos independente da finalidade da passagem (estudante acima de 29 se ferrou… Mas ele não está nas ruas mesmo, a essa altura está trabalhando para sobreviver e também não precisa mais ir à escola ou faculdade)
  • Carteirinha preferencialmente da UNE ou UBES (amolecendo o movimento, como se a carteira da PUC ou outra faculdade ou escola fosse de menos valia, mas a ideia é “valorizar e seduzir” os cabeças dos movimentos estudantis)
  • Todos jovens de baixa renda (leia-se pobres) precisam estar no cadastro único de bla bla bla
  • Reserva de um mí­nimo de assentos em viagens intermunicipais para a classe atraida

Dos problemas

  • Alguém pagará por essas mordomias. Obviamente, quem trabalha. Melhor é não trabalhar, garantir seguro-desemprego por 18 meses e fazer algum cursinho que lhe dê alguma carteira de estudante.
  • Crescimento dos barnabés de gerenciamento e controle. Novamente, precisaremos de um monte de gente adicional para “gerenciar” o cadastro único, pra fazer carteirinha, pra isso, pra aquilo…
  • Surgimento do mercado informal de favores… Você que comprou seu carrinho e já fica indignado com os flanelinhas, agora assistirá o pessoal que reserva vaga em ônibus para amigos, ou vende os assentos preferenciais por módicas quantias e assim por diante.

Geralmente, todo controle adicional que o governo cria, produz duas coisas: a) mais custos de gerenciamento e ônus sobre o trabalhador e b) estabelecimento de um mercado informal de favores.

impostos

Dilma, justo você que era alguém em que o povo esperava tocar a polí­tica com menos favorecimentos e mais tino administrativo, diminuindo a carga tributária e acabando com essa montanha de penduricalhos e ASPONES, me vem com mais essa?

Afff…

EL CO

 

3 comentários em “Estudante, essa massaroca de benefícios é uma armadilha”

  1. Não li todo o artigo, pois não me interessa a sua opinião política.
    Acho melhor mudar, como já comentaram, o slogan:
    “Artigos de Help Desk, Service Desk e um pouco de Política temperados com OPINIÃO”.
    Abraço Cohen. Aguardava um artigo sobre o tema central do blog.

  2. Hehehe…

    Antes de tudo, obrigado Flávio por sua colaboração.

    Bem, o blog é um produto de lavra pessoal minha. Desde 2006.

    Acho que você fez bem em não ler o artigo. Cada um tem a liberdade de desprezar o conteúdo que não lhe interessa. Assim como eu também tenho a liberdade de escrever o que desejar.

    É parte do processo democrático.

    Só o que não pode acontecer é eu remover o seu comentário só por que me desagrada, ou os leitores virem aqui e policiarem o conteúdo, dizendo o que posso ou não escrever.

    É parte do processo democrático.

    Abração, bro.

    EL CO

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