Presidente da Frente Nacional dos Prefeitos querem ferrar mais gente bancando os “bacanas”
Entenda o assunto:
Prefeitos vão pressionar Dilma por mais receitas
Situação
O Brasil vem atravessando um momento importante. O povo vem clamando por mudanças. E parece que nossos prefeitos não entenderam o assunto.
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, quer bancar o bacana.
Baixou o preço das passagens municipais de Porto Alegre, mas agora está procurando uma *unda pra ferrar. De maneira ordinariamente romântica – usando a expressão Robin Hood – e, claro, granjeando a simpatia que esse tipo de ideia tem com a população, quer descolar um imposto sobre gasolina e álcool para colaborar com o preço da passagem dos coletivos.
Ou seja, em vez de:
- aumentar a eficiência da máquina administrativa
- detonar os cargos de confiança dispensáveis e improdutivos
- negociar melhor com fornecedores
- diminuir a corrupção
- inovar e criar novos métodos de transporte e cobrança
- se debruçar sobre mobilidade urbana
- realizar projetos de longo prazo e não somente os que consegue inaugurar em seu mandato
Simplesmente decidiu empurrar o abacaxi para “os mais ricos”. Isso sempre pegou bem com a população mais pobre, salvo quando ela começa a melhorar de vida e entender que passa a ser prejudicada por esses mecanismos ordinários de sustentar quem não faz sua lição de casa (governo).
Só que isso é de uma hipocrisia sensacional:
“É justo que as pessoas que andam de transporte privado continuem andando, mas que ajudem a subsidiar o transporte coletivo. É o que chamo de política Robin Hood, uma forma de distribuição de renda”, afirma o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), presidente da Frente Nacional de Prefeitos.
Não tem nada a ver o *u com as calças.
A política Robin Hood é desastrosa para o progresso
Excerto de a Revolta de Atlas:
Robin Hood era o homem que roubava dos ricos e dava aos pobres. Bem, eu sou o homem que rouba dos pobres e dá aos ricos, ou, mais exatamente, que rouba dos pobres ladrões e devolve aos ricos produtivos. Esse é o horror que Robin Hood imortalizou como ideal moral.
Diz-se que ele lutava contra governantes saqueadores e restituía às vítimas o que lhes fora saqueado, mas não é esse o significado da lenda que se criou. Ele é lembrado não como um defensor da propriedade, e sim como um defensor da necessidade; não como um defensor dos roubados, e sim como protetor dos pobres.
Ele é tido como o primeiro homem que assumiu ares de virtude por fazer caridade com dinheiro que não era seu, por distribuir bens que não produzira, por fazer com que terceiros pagassem pelo luxo de sua piedade. Ele é o homem que se tornou símbolo da ideia de que a necessidade, não a realização, é a fonte dos direitos; que não temos de produzir, mas apenas de querer; que o que é merecido não cabe a nós, e sim o imerecido. Ele se tornou uma justificativa para todo medíocre que, incapaz de ganhar seu próprio sustento, exige o poder de despojar de suas propriedades os que são superiores a ele, proclamando sua intenção de dedicar a vida a seus inferiores roubando seus superiores.
Primeiro, é injusto. Eu batalhei boa parte da minha vida pra poder comprar um carro, me deslocar melhor, levar minhas filhas com mais conforto para escola etc. e agora me vejo sujeito a sustentar quem anda de ônibus? São opções que fiz na vida (enquanto uns investiam numa cervejinha, ou economizavam para viajar ou construir sua casa, eu juntava pila pro carro) e pelas quais serei punido?
Ema, ema, ema, cada um com seus problemas, prefeito.
O seu é equilibrar as contas, fiscalizar as empresas e garantir um serviço de boa qualidade.
Segundo, é patético acreditar que pegar uma grana de quem anda de carro irá melhorar o transporte público. Só alguém muito ingênuo para acreditar nalgo assim, pois a máquina administrativa e eleitoral dos governos municipais simplesmente não é confiável. Ou seja, é mais verba para desvios. Lembrem-se do CMPF que era para melhorar a saúde e, hehe, nunca chegou lá. Mas todo mundo recorda do mensalão, uso do dinheiro público para contar com votos no congresso.
Terceiro, isso é nivelar por baixo. Daqui a pouco será legal todo mundo ser pobre, pois se eu tiver um carrinho estarei sustentando sabe-se lá quantas coisas adicionais que o governo resolveu subsidiar.
Quarto, como uma Câmara Municipal (de Porto Alegre) que oferece gratuidade de ônibus uma vez por mês para qualquer um, que permite idosos andarem de graça, doentes mentais, estudantes pagando meia e segue oferecendo novas isenções… Como fazer que as passagens tenham um valor justo se 1/3 dos viajantes não a pagam?
Claro, os outros 2/3 se ferram pagando por essa caridade feita com dinheiro alheio. Quero ver o dia em que táxis deverão oferecer transporte de graça um dia por mês. Vai por aí, brother.
Quem anda de ônibus tem direito a um transporte decente. As prefeituras que deem um jeito de fazer funcionar. Caso contrário, essa política “quem tem mais ajuda quem tem menos” fará com que ninguém queira progredir na vida, pois sustentará quem pouco se esforça. Sem falar que manteremos um governo corrupto e incompetente, pois basta criar uma nova taxa ou imposto.
Se quiser cobrar 15% de imposto de renda de todo mundo, blz. Quem tem mais pagará mais, quem tem menos pagará menos. Agora, iniciar novamente contribuições com o dinheiro dos outros é *oda.
Ae, seu prefeito. Perdeu mais um eleitor. Sacanagem tem hora.
Vá se debruçar sobre a situação, otimizar o transporte público em vez de prejudicar quem trabalha e quer crescer.
Abs
EL Co
Prezado Bob,
O estratagema citado para o transporte publico não é Robin Hood é apenas tolice. Em várias cidades existem sugestões similares mostrando o profundo despreparo intelectual dos polÃticos. Não é mero acaso o nÃvel de revolta.
Bancar o transporte publico atráves de aumento atráves de imposto no combustÃvel do transporte privado é uma enorme tolice porque uma boa da logistica dos produtos e serviços é transportada via este mecanismo. O aumento do custo da logistica em especial no setor de serviços vai fazer com que ele seja repassado para os preços ou em outras palavras gera aumento da inflação. Isto acontece porque mesmo após o plano Real a economia brasileira é fortemente indexada. O prof. Kirsten afirmou que o “núcleo duro da inflação tem cerca de 90% dos preços dos bens e serviços indexados, o que gera uma inflação inercial cuja barreira será difÃcil de transpor” Fonte: Indexação, FSP 19/06/13. No segundo instante do aumento da inflação impacta o custo do transporte público gerando novo ciclo de pressão por aumento de tarifa. A proposta é cretina porque em alguns meses um novo ciclo de aumento da tarifa vai sugir e se existir um novo aumento de imposto para resolver então uma hora o sistema entra em colapso por falta de dinheiro ou greves.
Roberto,
Sou leitora assÃdua de seus textos e volta e meia abro seus livros, pois são instrumentos de estudo contÃnuo.
Algumas vezes não concordava com algumas de suas opiniões sobre o tema principal do BLOG. Além disso, comecei a ficar um pouco enjoada com sua análise feita, recentemente, de um atendimento em uma concessionária. Mas tudo bem, passou.
Poxa, dessa vez você não foi feliz, mesmo.
Confesso que desde o dia 11/06, eu acessava diariamente seu blog na esperança de um novo post sobre “Help Desk e Service Desk temperados com OPINIÃO”. Mas me deparo com um discurso burguês e egocêntrico.
Eu também estudei, me preparei, sou bem sucedida profissionalmente. Tenho carro, pago meus impostos, etc e tal…..
Feliz de você que não tem um idoso ou um deficiente na famÃlia que necessita de gratuidade em ônibus.
Não precisa publicar. É apenas um desabafo.
“Ae, seu Roberto. Perdeu mais um leitor.”
Oi, CÃntia.
Mas minhas opiniões pessoais são uma coisa e o conhecimento outra, right?
Veja você: os artistas não gostam da meia entrada para as variadas isenções existentes. Isso por que distorce o valor final e os empresários são obrigados a cobrar mais dos outros para poder compensar o valor final.
Agora, me explique: por que um idoso tem direito a isenção da tarifa de ônibus?
Se fosse dona de um táxi, por exemplo, aceitaria levar idosos de graça? Por que em táxi não, mas em ônibus sim?
Smack
EL CO
PS: Hehehe, gostei do “Ae, seu Roberto. Perdeu mais um leitor”
Mas não é só o ônibus… É também…
– juÃzes terem dois meses de férias e auxÃlio-moradia
– esposa de ministro do STF ter passagem PRIMEIRA CLASSE para acompanhar marido em viagens
São essas espantosas mordomias que também deixam a gente indignada…
EL CO
Prezado Bob,
Se você listar todas as situações de provilégios civis e militares é muito provavel que preencha centenas de páginas do blog.
Aparentemente estas reconhecendo que o trabalhador pagador de importos é um cidadão de terceira classe no Brasil. Isto vem sendo dito desde o inÃcio da nova republica em 1985. Quem sabe agora exista o real entendimento.
A sua amiga Dilma mostrou que tem enorme habilidade de chamar uma nação de acéfalos e desviar o assunto. Agora o tema dominate na mÃdia tradicional deixou de ser os mensaleiros condenados e soltos e passou a ser a legalidade do plebiscito para uma assembléia constituinte. Estratégia banal e que vai enganar poucos.