Como foi o curso de gestão de suporte em São Paulo

Relatório das ações gerenciais pelo Brasil

Semana passada, de 06 a 08 de março, realizei mais um evento do nosso curso de Gestão de Suporte Técnico para Empresas de Tecnologia (aliás, semana que vem teremos o único evento desses em Porto Alegre, mexa-se rápido).

Direto na “couve”. Apenas um dos nove alunos não era técnico antes de se tornar gestor de suporte. Ele veio da área de RH e administração. Talvez por isso soubesse mais do que os outros colegas sobre itens como recompensas, motivação etc. Porém, o restante do grupo tinha uma origem eminentemente técnica.

gestao suporte em sao paulo

Plano de recompensas

Um dos colegas investiu do próprio bolso para comprar pen drives e outros produtos para que seus técnicos obtivessem determinado desempenho. Não deu certo. Discutimos o assunto durante a aula.

Para nossa surpresa, o mega star Ricardo Mansur apareceu no primeiro dia de aula para compartilhar seu conhecimento. Show, o colega realmente esbanjou sabedoria entre os brothers (e sisters) lá presentes. De inhapa, sorteou um livro e brindou-me com outro. Nada como um café para agradar uma autoridade como ele.

Obrigando o usuário a preencher formulários

Uma coisa muito estranha (para mim): a prática cada vez maior de fazer com que o usuário preencha um formulário na WEB para ser atendido. “Para documentar melhor”, “Para organizar as coisas”, “Para…”. Todo mundo tinha uma explicação. Quem ainda não usa, pretende embretar (encurralar) o cliente.

Aliás, o assunto é moda (velha), tanto que o diretor da Automidia, Marcio Ferreira, falará sobre isso no HDI 2013. Uma pequena sinopse da palestra disponí­vel no site:

O objetivo é apresentar de maneira transparente como a evolução tecnológica e a maturidade dos solicitantes e clientes de TI mudaram o relacionamento e o atendimento do suporte técnico.

Como ferramentas de autoatendimento e automação de tarefas impactam o Service Desk? Usuários mais maduros e conhecedores de tecnologia exigem mudanças também nas tecnologias usadas no helpdesk. (modelo de atendimento, ní­veis etc.).

Aborrecedor: parece-me os usuários estão sendo conduzidos a cabresto para tal atitude (autosserviço). Em nome de eficiência, melhoria contí­nua etc., o povo da TI e do suporte técnico parece esquecer quem é o CLIENTE.

the customer service survival kitQuem comprou o último eBook do Richard Gallagher (não tem traduzido para português) denominado The Customer Service Survival Kit – what to say to defuse even the worst customer situations, deve ter lido o trecho abaixo. Se você vai obrigar o usuário a fazer algo, ao menos fale de maneira esperta:

Jeito não muito bom – Eu preciso que você preencha esses formulários.

Jeito melhor – Esses formulários nos dão permissão para tratá-lo, assim como respeitam sua privacidade. Eu ficarei feliz em responder qualquer pergunta que o senhor queira fazê-lo.

Eu não sou contra autosserviço. Desde que seja uma coisa comedida. Não, comedida, não. Interessante para o usuário. Que ele perceba que é bom para ele esse tipo de procedimento.

Sedução

boca laranjaGastei o verbo relembrando aos meus colegas que tudo que forem fazer, que abusem da sedução, para que o usuário perceba que vale a pena fazer. Nada de bancar o brucutu e empurrar goela abaixo. Por que geralmente isso dá confusão e gente arredia indignada com procedimentos desacreditados.

Mudança de comportamento

Alguns colegas saí­ram muito pensativos do curso. Por que debatemos a questão de não serem mais técnicos. E sim gerentes. Ou pelo menos, 40% mais gerentes que significa pensar mais e executar menos.

É difí­cil. Mas é necessário, caso contrário seremos dominados pelo cotidiano. E pelos nossos funcionários.

Métricas

Pra ajudar esse povo todo, suspendi temporariamente meu terceiro livro “Psicologia em Help Desk e Service Desk” e iniciei o quarto, denominado “Métricas troianas para Help Desk e Service Desk”. Como será um eBook, espero que o preço de “capa” seja algo em torno de R$ 14,99. Barato, creio eu.

E lotado de dicas sobre como criar e manter. O principal será definir objetivos concretos, o que pra muita gente é difí­cil, pois todo mundo quer diminuir a quantidade de chamados (se for apenas um a menos serve?), alcançar a excelência no suporte (o que é isso?) e assim por diante.

Yeah, eu também me perdi no meu objetivo que era escrever o terceiro livro. Mas pela demanda, acho que vou começar pelo quarto e depois retorno ao terceiro.

Lembrete

Semana que vem realizarei a única edição do curso de Gestão em Porto Alegre.

porto alegre

Se você é da região, recomendo que aproveite. O preço é mais em conta que São Paulo e pode ser parcelado em três vezes. Mais que isso, difí­cil.

www.4hd.com.br/calendario

Abrazon

EL CO

 

 

 

4 comentários em “Como foi o curso de gestão de suporte em São Paulo”

  1. Caro Roberto,

    Foi um grande prazer participar de teu Curso aqui em SP. Aprendi muitíssimo!
    Espero poder colocar em prática, pelo menos, uma boa parte do aprendizado; sabendo que, com isso, certamente, minha equipe crescerá, aparecerá e agradecerá – e eu também!

    Um grande abraço,
    Paulo Cruz.

  2. Paulo,

    Você é um cara bem legal, abre seus problemas de peito aberto e, com isso, granjeia nossa confiança e simpatia.

    Eu desejo a você todo o sucesso do mundo (e mais um pouco, que uma sobrinha nunca é demais, hehe).

    Abração,

    Cohen

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