“The new kid on the block” chegou ontem, 5a-feira
Pois é…
Ontem fui na Livraria Cultura de Porto Alegre e comprei um Kobo Touch. Agora, prometi (-me) que nos próximos três meses não comprarei um livro físico sequer.
Existem várias razões para essa decisão radical de migrar e abandonar aquele tão gostoso hábito de abrir um livro impresso e sentir aquele cheirinho de livro novo, manusear suas páginas ainda virgens etc.
- É o sinal dos tempos. O mundo está cada vez mais digital. E preciso acompanhar as tendências, ainda que seja um “sujeito das antigas”. Acompanhando o mundo, me integro melhor a ele e sei a “canção que está no rádio”.
- É ecológico. Salvo a vida de milhares e milhares de árvores que precisariam ser abatidas para impressão de tantos volumes que ainda compraria na vida. Sem falar do processo de esbranquiçamento das folhas, os resíduos tóxicos bla bla bla. Hahaha, esse lance de responsabilidade social gera mais negócios do que benefícios para o nosso mundo velho de guerra.
- Mudei-me de um apartamento de seis quartos para um de míseros e normais três quartos. No meu lar anterior, eu tinha um gabinete com mesão Florense de 1,7 m e seis mil livros. Hoje, meu gabinete é a sala de jantar (compartilhada com a TV de 33″). E meus livros estão no depósito, já que o mulherio tem preferência na biblioteca da despensa e da sala. Esse ano que recém iniciou despachei sete caixas de livros gauchescos para um amigo e mais umas outras sete de romance, literatura etc. para a casa da minha mãe.
Por que Kobo e não Kindle?
Sou fã da Livraria Cultura.
Desde o Conjunto Nacional em São Paulo até a loja do Bourbon em Porto Alegre. Eu poderia dizer também que o Kobo aceita vários formatos além do seu nativo, coisa que o Kindle não (que só aceita o seu proprietário). Mas não é isso. Nem aquilo. É uma questão de intimidade. De fidelidade.
Onde está a loja da Amazon pra que eu possa passear lá dentro? Só na internet. OK, se o mundo tá virando digital, nada mais natural.
Mas não posso rejeitar esse legado de centenas de passeios pelas vitrines, pelo João Antônio explicando coisas na antiga área de livros de TI na Paulista, dos funcionários amalucados, cheios de tatuagens, piercings etc. e tal.
Comprar livro também sempre foi um evento social.
Das primeiras experiências
Precisei baixar o kobosetup.exe para configurar. Levou 40 minutos numa banda larga de 10 MB. PQP. E mais 40 minutos para continuar a configuração. Vai saber por que não baixa direto da Livraria Cultura ou de um sourcefourge do Paraná ou coisa assim (tá, sei que seria algo empresarial usando coisas da universidade, mas…).
Da leitura: muito legal. Precisei dos óculos, claro. E fiquei mais de duas horas emboletado na minha varanda, esparramado no poltronão, janela aberta com vento manero e fazendo tap-tap para mudar a página. Ainda não estou “riscando” os livros, mas uma coisa boa é que tem uma opção nele que me apresenta todas as anotações feitas. Antigamente, eu precisaria varrer todas as páginas do livro impresso para encontrá-las. Quando conseguia.
Criei uma prateleira virtual chamada livros lidos.
Assim, no final do ano, terei uma contabilidade exata (coisa de engenheiro, hohoho). Mas também poderei publicar um resumo de todos que li aqui no blog, coisa que em 2012 não consegui, por que me perdi e alguns eu nem achava mais onde tinha guardado (debaixo da cama, numa caixa, na empresa, no depósito, dentro do balcão).
Os preços dos eBooks
São da hora da morte.
Custam 80% do livro impresso e vamos combinar, não faz sentido algum, salvo que estão faturando sobre os early adopters. Espero que com a disseminação deles, o preço caia (um pouco).
Sem falar que não dá pra emprestar livro virtual, pois eles ficam “guardados” na sua conta (da Cultura ou da Amazon).
Tem tretas e trampas pra se livrar dessa restrição, mas pro usuário mais leigo, é uma amarração. Sem falar que o preço é quase igual ao impresso. Mas como tem gente que nunca empresta livros com medo de não ver eles retornarem, contará até com uma desculpa, haha.
Beijos e going to SP.
Smack
EL CO
Bom, agora a Novatec poderia disponibilizar os livros do Cohen em ebook.
hehehe.
Abraço Roberto!
Bah… Vai demorar, Flávio.
Meu editor não (?) simpatiza com essa mÃdia. Diz que seremos pirateados a todo momento.
?
EL CO
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