Indicação de dois livros que tratam do mesmo problema: falta de profundidade
Ando preocupado com isso.
E você também deveria estar, em especial por que não consegue administrar seu suporte como gostaria.
Meus colaboradores, e mesmo eu, zapeiam pra lá e pra cá. A internet está nos transformando em gente com ansiedade crônica.
Antigamente eu achava que somente a Geração Y era assim. Mudei de opinião.
Como profissionais da área tecnológica, somos arrastados por tal sorvedouro. Esse turbilhão diz que “quanto mais conectados, melhor” e, por conseguinte, “quanto menos conectados, pior“.
Daí a gente se enfia em todas as redes sociais para não ficar para trás. Além de ficar atento a alertas de e-mails, mensagens SMS, Facebook, Twitter etc.
Bem, bem…
Leia os textos abaixo e identifique alguma similaridade com o seu cotidiano:
Do livro “O Blackberry de Hamlet”
O autor é William Powers, ex-redator do Washington Post.
Um conhecido acabou de ver um filme ótimo. Outra pessoa teve pensamentos que quis compartilhar. Houve um atentado suicida no sul da Ásia. Alta da bolsa. Revelado certo segredo da estrela pop. Alguém teve uma opinião nova. Outro está em um táxi. Por favor, apoie essa causa. Ela precisa de seu relatório – onde está? Alguém quer que você entre na conversa. Uma caçada humana em busca dos assassinos. Experimente fazer isso na cama. Alguém está tomando sorvete, hummm. A conta que venceu. Torta de galinha fácil de fazer. Eis uma análise brilhante. Vídeos novos do nosso safári na África! Seu comentário foi respondido. O tempo está acabando, inscreva-se agora. Olha o meu penteado novo. Acabei de ouvir uma piada incrível. Alguém está trabalhando duro num grande projeto. Nasceu! Clique aqui para acessar a contagem de votos atualizada…
Ainda do autor:
- Está tudo rápido demais, nós estamos o tempo inteiro brincando de pega-pega uns com os outros.
- É verdade aquele antigo ditado: quanto mais coisas temos para fazer, mais fazemos.
- Do Mick Jagger na orelha do livro: “Eu passo muito tempo no computador e não o suficiente tocando guitarra […]. Há um problema inegável nesta vida nas telas, que toma conta de toda a sua vida real […]. Você pode gastar um bocado de tempo nisso, quando deveria estar fazendo outra coisa.“
Do livro “O que a internet está fazendo com os nossos cérebros, a geração superficial”
Esse autor é o já famoso Nicholas Carr.
“Comecei a perceber que a internet estava exercendo uma influência muito mais forte e ampla sobre mim do que o meu velho PC. Não era apenas o fato de que eu estava despendendo muito tempo diante de uma tela de computador. Não era apenas o fato de que tantos dos meus hábitos e rotinas estavam mudando porque me tornei mais acostumado com, e dependente dos, sites e serviços virtuais. O próprio modo como o meu cérebro funcionava parecia estar mudando. Foi então que comecei a me preocupar com a minha incapacidade de prestar atenção a uma coisa por mais do que uns poucos minutos. A princípio, pensei que o problema era um sintoma de deterioração mental da meia-idade. Mas o meu cérebro, percebi, não estava apenas se distraindo. Estava faminto. Estava exigindo ser alimentado do modo como a internet o alimenta – e, quanto mais era alimentado, mais faminto se tornava. Mesmo quando eu estava longe do meu computador, ansiava por checar os meus e-mails, clicar em links, fazer uma busca no Google. Queria estar conectado. Eu sentia, havia me transformado em algo como uma máquina de processamento de dados de alta velocidade. Sentia saudades do meu antigo cérebro.”
Continuação
É ridículo eu continuar na escrita do artigo.
Por que obviamente ele é um incentivo para você parar, comprar os dois livros e se dedicar à leitura de algo que está impactando fortemente nossa atividade profissional e particular.
Depois você vai entender por que não consegue gerenciar a sua área de suporte como gostaria.
See you, man. And girl.
Smack
EL CO
Buenas, El Co.
É isto mesmo, meu velho. Viramos superficialidades ambulantes. Fico tentando imaginar o que seria o dia profissional sem todas as coisas que não exercem diferença nenhuma na nossa produtividade… e me apavoro com isso.
Publiquei um material sobre este exceço de informação inútil, principalmente na infância/adolescência aqui: http://blogdoleandroaraujo.blogspot.com.br/2011/08/excesso-de-informacao-inutil.html
Grande abraço!
Leandro
Pois é, brother…
Um dos autores afirma que o jeito de pensar mudou. E isso impactou no cérebro.
O outro diz que essa relação novo x antigo já vem lá dos tempos da Grécia, quando a linguagem escrita chacoalhou a sociedade oral de então. Ou seja, o que está acontecendo não é novidade alguma, hehe.
Abraços
EL Cohen
Â
Hum…
Então cabe a pergunta:
E existe alguma razão para reclamarmos ou tentarmos mudar algo que vem acontecendo desde o inÃcio da História?
Minha visão é mais próxima. o boom da comunicação, onde tudo está em todo lugar o tempo todo, não nos deixando tempo para focarmos em algo com exclusividade por mais que alguns segundos.
Â
Abração!
enquanto estamos em contato como computador,estamos deixando de lado os costumes familiares, de reunir-mos para conversas, como também não nos consentramos em ver uma só coisas, estamos abrindo várias janelas.Muitas vezes não tendo um aprendizado mais proveitoso, com a rapiez que a internet nos oferece.E é isso que a internet promove, uma leitura apressada,pensamento corrigido, distraÃdo e um aprendiado superficial.Podemos afirmar que estamos treinando nosso cérebro para ser rápido e superficial.
Â
Â