Dicas do ITIL para quem licenciou alguma ferramenta de Service Desk
Há um natural frenesi em fazer algo funcionar o mais rápido possível quando fazemos um investimento financeiro sobre um bem ou produto.
Se compro um carro, quero sair desfilando com ele pelas ruas e curtindo suas novidades. Se adquiro uma máquina fotográfica, vou lotá-la de fotografias na primeira semana, mas…
Tanto para um software de Service Desk quanto para os produtos acima, um período de experimentação livre de responsabilidades pode ser muito útil.
Se eu gastar um tempinho fuçando nas opções da câmera, é provável que em alguns dias minhas fotos sejam melhores do que se não tivesse experimentado – sem responsabilidades – a mesma.
No software é a mesma coisa.
E geralmente um aspecto que causa problemas para as equipes é realizar uma má definição de categorização de incidentes e depois ter que conviver com isso pelo resto de suas vidas (na empresa).
Vá devagar.
Não se “rale” por precipitação.
Dica do ITIL 3 para categorização de incidentes
A dica é do ITIL v3 para ajudar na categorização dos incidentes (tradução minha livre):
- Realize uma reunião de brainstorming com os grupos de suporte, incluindo os supervisores.
- Use tal sessão para decidir as “melhores sugestões” para as categorias de classificação e inclua uma que seja “OUTROS” – sabe como é, melhor deixar uma vala comum do que ver o técnico categorizando errado por que não encontrou algo adequado. Configure as ferramentas envolvidas para trabalharem durante um período de experiência com essas classificações.
- Use tais categorias durante um pequeno período de experimentação, mas o suficiente para ter centenas de incidentes caindo nas categorias definidas.
- Realize uma análise dos incidentes registrados durante o período experimental. O número de incidentes registrados em cada categoria de nível superior irá confirmar se as categorias valem a pena – e uma análise mais detalhada da categoria “OUTROS” identificará categorias adicionais que serão necessárias (salvo se os técnicos forem preguiçosos na classificação).
Sei que quando uma grana é colocada num projeto, os patrocinadores desejam um resultado visível. E que até mesmo os executores queiram “mostrar serviço” botando “pra quebrar” logo nas primeiras semanas, afinal eles foram decisivos na escolha do produto.
Novamente: vá devagar.
Apressar as coisas faz com que você se comprometa demais (inclusive com os erros), batendo pé para mostrar que não estava errado (mesmo sabendo que está, apenas para não dar o braço a torcer). Pequenos erros podem e devem ser aceitos no início, até para que se possa acertar em definitivo.
É como na Fórmula 1: existem os treinos preliminares (inclusive os livres) para acerto do carro, ajustes mecânicos, da suspensão etc.
Fica a dica.
Smack
EL CO
Boa Tarde!
Cohen,
muito bom o artigo. Mas uma vez Parabéns!
Abs,
Ana.