Cohen passa por experiências pessoais onde o aprendizado é enorme
Quinta-feira retrasada me entreguei a uma gripe lá em Vitória. Como sempre, resisto e mantenho a tensão durante o curso. Assim foram os dias 7, 8 e 9 de dezembro. Aquele entra e sai de ar condicionado a 18 graus, vai para a rua a 35 graus, volta etc. me impregnaram. Mas quando cheguei em casa na noite de sexta-feira, afrouxei a resistência. E lá vieram febre e todos os detestáveis sintomas no final de semana.
O problema é que a tosse, catarro (ecs) e outras nhacas não me abandonaram durante a semana. E pra quem já teve pneumonia, uma gripe mal curada é uma via asfaltada pra outra pneumonia.
Aprendizado 1 – SLO – posso ir aí?
Sexta-feira à noite, a família pressionou para fazer um raios-x do pulmão.
São 20:20 e ligo para uma clínica próxima de casa. Explico que gostaria de tirar um raios-x do pulmão para ver se tenho algum princípio de infecção pulmonar. A atendente informa que fecham às 21:00. Eu explico que chego em 10 minutos. Ela diz “- Venha”.
Chego lá às 20:30. Ela descobre que o médico, clínico geral, estava quase indo embora. Ele desce de seu carro e me atende. Eu pergunto pelo raios-x. A atendente (a mesma que me recebeu ao telefone) diz que é uma empresa terceirizada que faz e eles já foram embora.
SLO, SLO (Service Level Operational).
PQP, sua anta, não lhe perguntei isso antes de vir?
Minha esposa tenta me acalmar; diz que não adianta explicar matemática para quem não sabe nem escrever.
Ughs! Isso é quase um fatídico caso que acontece em nossas áreas de suporte: uma área promete atendimentos sem, ao menos, consultar as outras áreas envolvidas.
Aprendizado 2 – Empatia
Dia 17 (domingo), sou mais esperto. Vou às 13:00. E dessa vez tem raios-x. Antes de fazer o exame, sou atendido por uma médica robótica (o contrário da imagem ao lado)…
– Na quinta-feira retrasada, eu estava em Vitória e…
– O que o senhor está sentindo?
– Bom, recapitulando, eu estava…
– Vou repetir, Sr. Roberto: o que o senhor está sentindo?
Putz, não há espaço para acolhimento. Pareço ser mais um número de atendimento qualquer num domingo perdido de dezembro. Essa médica – pode ser competente tecnicamente – parece uma URA. Sem querer, tusso um pouco. Leiam o que escuto:
– Coloque a mão na frente quando for tossir.
Arghsss…
Eu estou ferrado há uma semana e meia. Preocupado em não poder fazer a viagem de moto à Buenos Aires (não vou mais de moto mesmo, prejudicaria minhas vias respiratórias aéreas). Essa menina de 29 anos, em vez de criar um ambiente onde o paciente sinta-se confortado, “aqui minha saúde sai curada” e tal, faz um checklist automático, profissional, seco e técnico sobre meu problema.
A turma anda vendo muito House, pelo amor de deus.
Pô, eu soooooou geeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeente e quero ser tratado como tal!
🙁
EL Cohen
Prezado Bob,
Existe um claro motivo para a milha esacolha pelo padrão USP para profissionais. A grannde maioria sabe o que está fazendo.
Discordo que tenha recebido um atendimento padrão House. Você recebeu o que chamo não atendimento. Aliás é algo comum na área de TI no Brasil.
Espero que recupere logo. Escolha um laboratório padrão USP para os exames, antes de um problema maior.
Boa Sore. Feliz Naltal e 2012. Breve recuperação.         Â
Valeu, primo!
Forte abraço e muitas felicidades em 2012 (seja lá o que represente para você, hehehe).
EL CO