Sinopse do livro cujo subtítulo é “Como transformar TI de um centro de custos em um centro de valor e competitividade”
Existe uma piada comum entre os homens: quando um encontra outro que tem sucesso entre as mulheres, o outro fala que precisa encostar-se nele para pegar um pouco “desse mel“. Estou fazendo graça por que esses dias estive, por acaso, com o Mansur em São Paulo (veja Mansur, sorria!).
E os poucos momentos que passei com ele, ganhei uma dica excelente: comprar o livro:
Apesar de o livro tratar sobre um enfoque mais centrado em gestores de TI, acho que vale também para gerentes de suporte técnico, Help Desk e Service Desk.
Aliás, eu acho não. Tenho certeza que é útil para estes.
Do problema
É o de sempre (e quem for gestor de suporte se encontrará também nas frases):
- Estamos gastando muito com TI
- TI é um buraco negro
- Os projetos não são cumpridos
- Deveríamos terceirizar?
- Nosso executivo fala uma língua estrangeira
- TI não foca no cliente
Mas hein?! Troque “TI” por “suporte técnico” e tenha um arrepio.
Entendendo a situação
Esqueça ITIL. COBIT. SIX Sigma. Outras tralhas, ferramentas e instrumentos.
Richard Hunter e George Westerman, os autores, explicam que o problema dos gestores é que eles não sabem onde encontrar o valor (de TI para o negócio) ou como medi-lo – e em muitos casos, seus executivos não conseguem expressar o valor em termos que façam sentido para todos, com exceção de outros profissionais de TI.
Fiz questão de colocar em negrito a frase acima.
Ela é fundamental e exige uma reflexão por sua parte. Cada oração e palavra que a compõem exige que você as mastigue em silêncio por alguns minutos. Se puder, rumine (regurgitar e novamente remastigar). Coloquei a imagem de uma vaca ao lado para visualmente reforçar a ideia.
As boas e más notícias
A má notícia é que isso é um problema dos profissionais de TI. É responsabilidade de TI produzir e comunicar esse valor.
A boa notícia é que, por ser um problema do gestor, ele mesmo pode resolvê-lo.
Então vem a regra número 1: o valor de TI não é sobre TI. É sobre os resultados da empresa e o desempenho dos negócios, se você está ou não comunicando o desempenho interno de TI ou… O impacto de TI nas operações comerciais e financeiras.
Vermelho é ruim no parágrafo acima. Azul é bom. (E claro, sou gremista).
Quatro passos para o sucesso
Todo mundo quer uma receita de bolo para economizar passos. E os autores reconhecem essa “carência” e apresentam sugestões:
Passo 1 – Mudar seu pensamento para evitar as armadilhas de valor. Práticas que parecem boas, mas estão em desarmonia com os negócios.
Passo 2 – Mostrar que TI proporciona valor pelo dinheiro investido nela. Que tipo de serviços você oferece, no nível certo de qualidade (aqui tem uma pegadinha, pois ele recomenda oferecer a qualidade necessária e não o suprassumo) e a um preço competitivo?
Passo 3 – Apresente como TI melhora o desempenho comercial.
Passo 4 – Demostre que o seu valor vai além de TI.
Evitar as armadilhas de valor
Para mim, o capítulo mais importante do livro. Por que aponta hábitos enraizados. E que não são adequados para conseguir sucesso. E somente obtendo consciência deles é que poderemos mudá-los.
A frase sempre relevante: O que importa é o desempenho dos negócios, e nunca apenas TI.
São sete as armadilhas, segundo os autores. Arapucas que os gestores preparam para si mesmos. E, claro, uma vez preso nelas, ali permanecem estagnados. Leia:
- Não deveríamos ter de falar sobre nosso desempenho; ele fala por si.
- É o custo (TI) de se fazer negócios.
- Os gerentes de TI produzem tecnologia de ponta para a empresa.
- Nada é perfeito (especialmente algo tão complexo quanto TI).
- Se você não seguir nossas regras, não podemos garantir que funcionará.
- Os negócios são os clientes de TI.
- O cliente está sempre certo.
Obviamente eu não vou discorrer sobre cada um. Afinal, o livro está aí para isso. Mas você se surpreenderia (como gestor de TI ou de suporte técnico) em quantas e quantas armadilhas você mesmo se encontra agora.
Um rápido final continuado
É um final rápido por que serei breve. Continuado por que você vai comprar e ler o livro. Se espera ser competente na sua atividade.
Pareço chover no molhado, mas sempre digo nos cursos que importante é que cada gestor olhar de fora para dentro da sua organização (departamento de suporte técnico) e se pergunte: “- O que vocês de TI (ou suporte) podem me oferecer para me auxiliar nos negócios?”
Nunca foi sobre TI ou suporte. Mas sim sobre os negócios da empresa e como ajudá-los a serem melhores. Por isso, métricas de disponibilidade e outros números não dizem nada. Absolutamente nada ao negócio. Exceto se transformados em métricas de negócio, capisce?
É como disse um gestor citado no livro: “Muitas organizações de TI têm métricas que dizem: ‘Estamos 99,99% em tempo de atividade, somos rápidos’. O encanamento é maravilhoso, mas ninguém se importa.”
Eu poderia escrever horas sobre a leitura do livro. Sobre como os outros gestores da empresa são colegas e não clientes (ui, ai, ITIL). Sobre a dificuldade eterna em transformar sua atividade em valor para a empresa e mais do que isso, expressá-la da maneira correta.
Mas daí pra que você leria o livro?
[]’s
El Cohen
Excelente sugestão!
Gracias, Cohen!
Olá, Cohen,
Já tinha visto a sua sugestão na itsm_br e havia decidido comprar o livro.
Esse resumo foi a gota d’água que faltava…Â 🙂
Um grande abraço!
Willian Magno
Livro Sensacional!! Hunter e Westerman, mostram como TI deve se portar como agente de negócios! E diria quem tem tiradas sensacionais, como:
– Você deve educar os seus usuários no uso dos recursos de TI;
– TI comumente define polÃtica e regras, mas dificilmente explica o porque dessas regras;
– Jamais permita o consumo excessivo de um recurso ou uma qualidade acima da média quando esse serviço não fizer diferença ao negócio;
– Fale em termos que o negócio entende, ou seja, $$$.. custo por usuario, por computador, mostre sua eficiência ao longo do tempo!!
Nossa, to com ele fresco, pois coincidentemente estou lendo!! 🙂
abraços e boa recomendação!!
Â
Comprei o livro ontem, depois decidi pesquisar alguma resenha dele na internet e encontrei seu site.
Vou começar a leitura amanhã. Espero que nos ajude a mudar a visão que a organização tem sobre TI.
O grande desafio que tenho e também principal dificuldade é demonstrar o valor da TI.
PS. Passei a conhecer e admirar seu trabalho depois de ler o livro Gestão de Helpdesk e Service Desk.
Forte Abraço.
José Orlando Maia.
Hey, João!
Valeu pelo prestÃgio e pode ter certeza que esse livro é excelente.
Abs
Cohen