A minha lista de livros não é a indicada, mas os que comprei e compartilho nesse final de ano
Então… Pensei se faria uma lista dos melhores, das indicações etc. Mas resolvi fazer uma mega lista dos livros que bispei esse ano. Desde os que iniciei e não fui até o fim, até aqueles em que me esbaldei. Não foram todos publicados em 2010, mas comprados por mim (ou iniciados a leitura).
Vai que alguém precisa de dica para leitura de férias…
Of course, no melhor estilo Coheniano, um comentário sobre cada qual.
Ritos de passagem
Gerenciando pessoas para a qualidade
José Antonio Kuller
Editora SENAC São Paulo
Já registrei esse livro no meu artigo Taylorismo sobrevive em nossos Help Desks.
O que mais gostei nessa obra é a crítica sobre a exagerada visão de que processos podem salvar as empresas (ou os departamentos de suporte). Explorando o tema e mesclando soberbamente com poemas, livros e filmes, o José faz sua obra monumental para todos que a lerem.
Pensando diferente
Para lidar com a complexidade, a incerteza e a ilusão
Humberto Mariotti
Editora Atlas
Já escrevi sobre em Gestão do Conhecimento… Hein?!
Mariotti é professor da Business School São Paulo. E médico. Faz uma avaliação sobre um tema que me interesso: a teoria dos sistemas complexos. E quão frustrados podem ficar os que desejam ter tudo sob controle. E como isso está longe de ser verdade. O livro é muito bom pois, com linguagem simples, nos ajuda a (tentar) quebrar paradigmas e perceber as coisas de outras formas.
A era do inconcebível
Por que a atual desordem do mundo não deixa de nos surpreender e o que podemos fazer
Joshua Cooper Ramo
Companhia das Letras
Comprado na loja exclusiva dessa editora na área da Livraria Cultura. Analogias entre a vitória do Hizbollah sobre Israel e a capacidade do brasileiro Semler foram alguns temas que me chamaram atenção. Também ele permeia, assim como o livro “A lógica do cisne negro” e do livro “Pensando diferente”, a teoria dos sistemas complexos. Por que uma borboleta lá no quintos dos infernos causa uma esculhambação tão grande na bolsa de valores de Nova Iorque.
O que é gerenciar e administrar
Joan Magretta & Nan Stone
Editora Elsevier
Registro de fevereiro: O que é gerenciar e administrar.
Literatura indispensável para qualquer gerente, explica o essencial sobre o tema em apenas duzentas e poucas páginas. Durante semanas li e reli a obra para aperfeiçoar ainda mais o curso de gestão de suporte. Questões sobre valor, modelo de negócios, time etc. estão muito bem expostas.
Em busca de sentido
Um psicólogo no campo de concentração
Viktor e. Frankl
Editora Vozes
Você reclama de pegar dois ônibus ou metros para chegar ao serviço? Que seu chefe ferra toda iniciativa que tem? E bla bla bla?
Leia então esse livro do Viktor. Essa obra ajuda a descobrir em cada um que sentido dar para sua vida. Trechinho:
“Ao homem pode se retirar tudo, exceto uma coisa: a última das liberdades humanas — a escolha da atitude pessoal ante um conjunto de circunstâncias — para decidir o seu próprio caminho. (…)”
O verdadeiro poder
Práticas de gestão que conduzem a resultados revolucionários
Vicente Falconi
Instituto de Desenvolvimento Gerencial
Falconi é o papa da qualidade no Brasil. Eu admiro muito a fera. Muito mais ainda quando ajudou Aécio Neves a mudar a forma da administração pública em Minas Gerais. Comprei o livro na HSM Management de São Paulo em 2009, final do ano. E li apenas em 2010.
Infelizmente, me senti um bocó.
Algumas práticas me agradaram, como a cumbuca de onde se tira o nome do sujeito que vai falar sobre o assunto num grupo de estudos. Porém, boa parte do livro eu fiquei olhando como se estivesse escrito em grego. Tomara que outro colega tenha melhor sorte.
Os 100 melhores livros de negócios de todos os tempos
O que dizem, por que são importantes e como podem ajudar você
Todd Sattersten e Jack Covert
Editora Campus
Como é que você sabe que escolheu o melhor método de gestão para seu departamento de suporte?
O mínimo que precisa fazer é conhecer algumas outras formas de gerenciar… Pelos números, por visão e motivação da equipe, pela prática etc. Existem diferentes formas e conhecê-las um pouquinho pode lhe ajudar a catar algo de cada uma para sua forma de trabalhar.
Os autores pegaram várias obras e fizeram um resumo de duas páginas para cada. Bem interessante.
A viagem do descobrimento
Um outro olhar sobre a expedição de Cabral
Eduardo Bueno
Editora Objetiva
Dica da profa. Loraine Muller. Conhecer melhor a história do Brasil e saber por que certas características fazem parte de nossa cultura nacional. A qual, é claro, impregna-se nas culturas organizacionais das empresas brasileiras.
Outro benefício é conhecer as maracutaias que aconteciam na metrópole Lisboa. E os rolos e “argumentos” utilizados para sua expansão. E a surpresa de como um país pequeno como Portugal conseguiu dominar tantas áreas ao redor do mundo (nas Américas, na África, na China, no Japão etc.).
Fábulas italianas
Italo Calvino
Companhia das Letras
Durante alguns anos, o renomado escritor compilou inúmeras histórias para evitar que muito da literatura oral italiana se perdesse. O que se consegue são quase duzentas fábulas muito legais.
O importante das fábulas é a capacidade que ganhamos em relacionar assuntos e mesmo integrá-los com nosso cotidiano do suporte. Podemos adotar estratégias que o pequeno herói assumiu em determinada história. Duvida? Leia o livro, pois…
O elefante e a pulga
A autobiografia de um dos maiores pensadores da administração moderna
Charles Handy
Editora Futura
Se existe o Peter Drucker na América do Norte, Charles Handy é seu correspondente na Europa.
Esse é o cara. Largou seu emprego na Shell por que decidiu ser professor e escritor. E que ganharia apenas o que fosse necessário para seu padrão de vida se manter.
Acompanhar o desenrolar de sua carreira é algo fascinante e que agarra a gente e leva até a última página numa tocada só. Claro, tem que ter uma Pepsi Twist Light do lado. Ou um Nescau gelado, hahaha.
Deuses na administração
Como enfrentar as constantes mudanças da cultura empresarial
Charles Handy
Editora Saraiva
Já que estamos escrevendo sobre ele, Handy, vamos um pouco mais.
Nesse livro ele explica sua teoria de divisão das culturas organizacionais em quatro tipos (que possuem suas vantagens e desvantagens): Zeus, cultura típica das empresas familiares que tem um sujeito a quem todo mundo busca orientação; Apolo, a empresa superorganizada e moldada em processos bem definidos; Atena, onde times se agrupam para resolverem problemas, clássica formação de comitês, por exemplo, e Dionísio, onde campeões se reúnem, compartilham um staff comum mas, se um deles vai embora, não acontece nada de impactante (banca de advogados, por exemplo).
A geração Y no trabalho
Como lidar com a força de trabalho que influenciará definitivamente a cultura da sua empresa
Nicole Lipkin e April Perrymore
Editora Campus
Brother, você deve ter menos de 30 anos. Se não tiver, ainda assim olhe ao redor: quantas pessoas você identifica que nasceram depois de 1980?
Essa coorte nasceu usando tecnologia. O smartphone é uma extensão de seu braço. E muito mais do que isso, existem características muito diferentes da Geração Y, sua antecessora. Os aspectos motivacionais, por exemplo, são diferentes. E você criando um ambiente motivacional parecido com aqueles onde os velhinhos de 50 se motivam? Ah, fala sério…
Socialnomics
How social media transforms the way we live and do business
Erik Qualman
John Wiley & Sons
Em inglês, claro.
Acabei de comentar sobre uma nova geração. E você sabia que muitas universidades não dão mais email para os alunos? E sim ipads, contas no Facebook e tudo o mais?
O quanto eles conversam nas redes sociais? Cujo conteúdo pode falar bem ou mal de sua empresa? Aliás, o que você faz em termos de suporte nessa área? Tem um “projeto” para 2012? Até lá, brother, já era…
A hora da verdade
Segundos alguns profissionais, Jan revolucionou a área de serviços quando presidente da empresa aérea SAS.
Redefiniu a visão da empresa como “uma empresa voltada para pessoas de negócios”. Significa que tudo era realizado para essa população. E mais, quem estivesse em contato com os passageiros tinha quase poder absoluto de resolver as coisas, evitando a miserável burocracia de “vou falar com meu supervisor”.
Lembram-se do presidente Rolim, da TAM? Algo parecido. E não essa desgraça que vemos hoje de overbook, troca de aviões, bla bla bla.
Fazer acontecer.com.br
O livro de propaganda mais vendido no Brasil
Julio Ribeiro
Editora Saraiva
O livro não é novo. Mas para mim foi em 2010. Li avidamente. São capítulos curtos, envolventes e estanques.
A qualidade do livro em sua forma gráfica, de impressão etc. é quase daqueles de sala de consultório de médico (rico). E o conteúdo muuuito rico e aproveitável para nossa área. Recomendo firmemente.
Criatividade & Marketing
O clássico dos livros de marketing
Duailibi e Simonsen
M. Books
Você leu o subtítulo do livro anterior, certo? Bem, esse não poderia ficar atrás.
Em 2010 ele também foi novidade, mas trouxe um baú gigantesco de conhecimento para ações de marketing e até mesmo para outras áreas, pois o conteúdo se esparrama sobre criatividade, o ambiente criativo etc.
Ao contrário do livro anterior, está mais para livro texto, pois tem uma sequência de construção do aprendizado.
Terra de ninguém – 101 crônicas
Contardo Calligaris
Publifolha
Muito bom, muito bom.
O psicanalista Contardo espalha seu conhecimento – e crítica – por várias áreas.
Você é aquele cara que, se a mulher e os filhos dessem uma sopa -, já teria escrito o seu livro sobre suporte técnico? Hahahaha, não leia essa obra que estou indicando, pois é um petardo no seu peito (desculpe a expressão).
As crônicas são muito boas, principalmente se você utilizá-las para realizar uma autorreflexão sobre seus comportamentos.
A teoria das janelas quebradas
Drauzio Varella
Companhia das Letras
A teoria das janelas quebradas sempre foi algo que me impressionou. Por que o metro de São Paulo é limpinho e o do Rio de Janeiro tem restos de sorvete pelo chão, papel de bala nos bancos etc.?
Esse livro, tal como o do Contardo acima, é uma coletânea de crônicas e artigos. Uma frase sensacional: “Se você é daquelas pessoas que aguardam a visita da disposição para começar a fazer exercícios com regularidade, desista. Ela jamais virá.”
Peraí que tem mais…
Mas acontece que daqui a pouco preciso voar para Campinas e ministrar dois dias de treinamento. Na volta dou um jeito de completar a lista de livros lidos em 2010, OK?
Abrazon
EL Cohen
Cohen, tudo bem,
Gostaria de acrescentar o Livro Managing de Henry MintzBerg ele desmistifica o papel dos gestores e passa a nos fazer acreditar que aquela correria do dia a dia, a ansiedade, a tendência para a ação não é um erro dos gestores, mas sim uma caracterÃstica natural para esse tipo de trabalho!
Bem legal!!
Abraços,
Salve, Baldin.
PeraÃ… Ainda não conclui a lista, hahaha.
Esse livro figura sim na continuação.
Abrazon
EL Co
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