Acordo. São 06h20min da matina. Faço mais força que uma vaca atolada para sair da cama. Troco de roupa, vou pra sacada (fechada com vidros). Antes ligo a televisão na TVCOM.
Temperatura: cinco graus centígrados.
Pedalo 50 minutos enquanto tagarelo com um gravador digital. Lá embaixo, o mundo se move lentamente. As pessoas caminham e parecem corcundas de algum filme, cruzam encolhidas as calçadas e ruas. Não se vê um dono de “pet” passeando. Faço café, leio jornal.
Chego na capa (leio do final para o início, hábitos de um colégio hebraico), me assombro com a imagem abaixo, foto de Francisco Bosco para o Correio do Povo. Imagens do meu Rio Grande.
Ontem liguei para um cliente no Rio de Janeiro. Ele tiritava de frio, pois a temperatura estava 19 graus.
A la putcha. Einstein teria muito a explicar sobre a teoria da relatividade (uma impostura intelectual minha, roubando o conceito científico para meus propósitos).
Hoje não bobeei. Saí de sobretudo. Quando o dia raia em sol límpido (não é um pedaço do hino do Brasil, não), a esperança é imensa para que a temperatura migre 15 graus pro céu, estabilizando em 20.
Qual… Ficou em míseros, frustrantes e patéticos 11 graus.
Desovei minhas emoções no Blog do Nino Albano. Esse guri é fina flor, tipo facão bom que pode até quebrar, mas não entorta. É um muro de 400 metros, guenta bem o encontrão. E criticou meu chimarrão, que me anda fazendo algum mal. Nada, é essa geada, esse ar glacial que entorpece e neutraliza.
Nossa infraestrutura não comporta esse clima. As casas não tem chão aquecido. Não temos caldeira, por conseguinte sem calefação. Resgatamos nossa humanidade na lareira. E na churrasqueira, claro.
Por isso, todo e qualquer amigo vindo do estrangeiro (acima do rio Mampituba que separa nosso país de Santa Catarina e adjacências) é bem-vindo.
Para ter um recorrente bom motivo de assar uma carne e aquecer a casa.
Maurício Machado, não te faz!
Aos muitos e muitos amigos que já convidei, façam essa ação de altruísmo!
Abraços
EL Cohen