HDI 2010 – Palestra do Paulo Storani – BOPE – 2

Salve, amigos!

Retornando de um esplêndido treinamento em Natal – curso de Gestão de suporte para empresas de tecnologia, seguido de um Help Desk Day – estamos aqui novamente para continuação da reportagem sobre o HDI 2010 com a segunda e última parte sobre a palestra do capitão do BOPE, cuja parte inicial pode ser acessada clicando aqui.

Citações do Paulo

Ainda sob o impacto de abandonar Natal/RN numa temperatura de 25 graus e chegar aos pampas do Rio Grande (do Sul) com 4 baixí­ssimos graus, sigo registrando.

• O sucesso aumenta a expectativa. Você fez bem antes, agora deve fazer ainda melhor.
• Se a pessoa (no BOPE, ou no Help Desk) não gosta de pressão, lá vem o bordão do filme: “– Pede pra sair.” O Help Desk é uma tropa de elite, pois vive sob pressão.
• Fazer melhor não está no treinamento, mas nas pessoas. Elas escolhem (no BOPE) trabalhar sob pressão e correspondem.
• O quanto vamos nos empenhar para proteger a nossa famí­lia? Quanto de empenho podemos valorar isso?
• Determinação resiste a tudo, a condições adversas etc. A história do BOPE mostra isso, pois eles foram conquistando armamento, viaturas etc.
• O que é corrupção? É você se comprometer com algo e não fazer. No BOPE, quando você se omite e se algo sai errado, você se dá mal.

Fundamentos do BOPE

• Seleção rí­gida
• Treinamento rí­gido
• Controles rí­gidos de performance: conduta, qualidade e resultado

“– Se vocês não derem a solução para seus clientes e usuários, quem dará?”

Quando alguém afirma “– Não sou tão bom assim…” é por que não deseja ser cobrado mais tarde por desempenho abaixo do esperado. Algo relacionado com a culpa cristã.

Arrogância: quando o sujeito diz que faz, mas acaba não fazendo.

A confiança não pode ser dada, tem que ser conquistada com determinação, empenho, trabalho e conhecimento técnico.

Etapas do treinamento no BOPE

1. Conhecimento técnico precisa se transformar em sabedoria

Ou seja, não adianta saber sem aplicar tais conhecimentos nos momentos em que são necessários.

2. Os limites são desafiados

O BOPE usa o “princí­pio desidratativo“: trabalho durí­ssimo durante o treinamento, com alta pressão. Dessa forma, quando o integrante estiver na linha de frente, já estará preparado e até achará mais fácil. Não faz sentido, segundo o Paulo, treinar levemente e deixar o integrante se espantar  e ficar atônito quando chegar a hora da verdade.

3. O “enigma do barco”

“– Ou decifra ou pede pra sair.“

Num trecho do filme, o lí­der de uma equipe, após um dia inteiro de treinamento, cansados e fatigados, recebem a ordem de buscar um barco no meio do pântano. Somente com superação que o time consegue realizar a tarefa.

Nada é tão ruim que não possa piorar e é diante do problema que se encontra a solução.

Dentro da água, todo mundo junto, as diferenças são esquecidas e todos ganham valor. Todo mundo vira irmão.

4. Naturalização da adversidade

É trabalhar e treinar no limite, de tal modo que quando ele aparecer será encarado como normal.

5. Ritos de confirmação

Quem não decidir fazer, jamais fará.

Ninguém transfere “atitude” para outra pessoa.

O caveira

Se eu não bater essa meta, ninguém baterá por mim.

Segundo Paulo, o pensamento deve ser “– Quero ser referência para duas pessoas: meus filhos.”

E para provar que “caveira” existe mesmo, vejam a minha foto com o sujeito (minha caveira não aparece porque está sob o paletó):

Pedacinho mais de filme

Mas imagens abaixo, Paulo comenta dos atores que não aguentavam o rigoroso treinamento aplicado. Laerte citado é o tenente do capitão Storani. E o caso descrito é um ator que desce do ônibus capengando…

Conclusões (do Cohen)

O Paulo é um sujeito magnetizante. Já escrevi isso na introdução do outro artigo. Sua comparação entre o BOPE e as empresas (ou Help Desk) é bastante interessante. Obviamente exige pensar. As condições extremas (tanto do cotidiano quanto do treinamento) do BOPE dificilmente podem ser replicadas em nosso ambiente.

Porém, seus princí­pios são perfeitamente aplicáveis, em especial a) a seleção rí­gida, b) treinamento severo e c) busca de metas de desempenho baseadas em conduta, empenho, trabalho e conhecimento técnico.

Importante é destacar o valor associado à questão “conduta”. Ou atitude. Sem ela, todo o BOPE (e o Help Desk) desmorona.

Valeu. No próximo artigo registrarei o segundo dia do evento.

Abraços

EL Co