Oferecendo continuidade (terminologia ITIL, rá!) à descrição do evento, cujo último registro foi esse daqui, neste artigo escrevo sobre a palestra do Nino.
Esse descendente de italiano destaca-se dia-a-dia como a celebridade nacional na área de suporte técnico do Brasil. Não estou a fazer bajulação, quem o conhece sabe que os méritos são por direito do taura (expressão gauchesca que representa “aquele que é forte, destemido, valente, perito em qualquer assunto“).
Não significa que outras pessoas também não saibam tanto ou mais. Mas por suas funções profissionais ou até personalidade, não se projetam no mercado nacional de igual maneira que o maluco por Harleys do qual escrevo.
Da palestra
O título era algo pomposo como “A transformação do centro de suporte em ativo estratégico com base no conhecimento“.
Ele apresentou uma concepção arrojada de um novo centro de suporte. Porém, fez uma recapitulação de como eram as coisas antes da TI, a transição pela TI e depois da TI. O que aconteceu: a tecnologia há mais de 30 anos exigia um nível de conhecimento que não era comum, fazendo com que a turma de TI se desconectasse do negócio em si para dominar a tecnologia.
Esse enclausuramento e dedicação para cuidar das coisas técnicas tornou a imagem dos técnicos como os “bichinhos esquisitos”.
Duas frases proferidas pelo palestrante e que anotei:
“– Eu quero acabar com o primeiro nível.”
“– Se for barato, mas mal atendido, você voltaria a essa loja?”
Por certo, o Nino nunca foi (e voltou) na 25 de março, hahaha. Lá é barato, a gente é mal-atendido e sempre volta!!!
Lá pelas tantas
Eu entendi onde o Nino caminhava… E isso me aborreceu.
Por que um dos itens da ficha de avaliação era “compatibilidade com a política não comercial“. Ou seja, uma preocupação do HDI (organizador do evento) para evitar que os palestrantes vendessem produtos ou serviços, restringindo-os a transmitir conhecimento.
E o que o Nino fazia, senão recrutar alunos e empresas para o treinamento e certificação “KCS – Knowledge Center Support”?
Todo o evento foi organizado por ele e sua equipe. Natural que vendam seu peixe, afinal, um esforço assim não pode ser em vão. Mas eu sou um cara durão de princípios (me acho, ao menos, até que se prove em contrário, haha) e então sorrateiramente me despachei da sala.
Contudo, convém esclarecer que a ideia de reter e compartilhar conhecimento no suporte técnico é assaz importante.
Lá fora
Pois lá fora encontrei a Julie Mohr. Que achou lindaço o meu chapéu rastafári. E acabou levando-o de presente para as terras do Tio Sam. Encontrei outros amigos, que estão na lista de fotografias abaixo.
Próxima palestra
Foi do excepcional Paulo Storani, mentor do filme “Tropa de Elite” e sensacional palestrante.
See you.
El Cohen
PS: nota importante escondida em um PS: os slides das palestras já estão disponíveis em PALESTRAS.
PS 2: Lembro que a minha palestra completa está em robertocohen.com.br/hdi-2010.
Prezado Mestre,
Estou um pouco atrasado para o comentário, mas vale lembrar que KCS não é um treinamento, é um frame de boas práticas, criadas pelo CSI (Consortium for Service Innovation) para tratar a gestão do conhecimento. Não estava vendendo treinamento, mas falando de uma sigla como ITIL, Cobit, PMI, HDI, etc..
Já com relação a 25 de março, devo concordar totalmente contigo!! Eu gosto daquele lugar. Tem tambêm a Santa Ifigênia (eletronicos) e a General Osório (motos) que deveriam ter sido consideradas por mim… kkkkk
Um grande abraço paulista!!!