Desta vez me passei…
Chegando quase na data do próximo curso, no Rio de Janeiro, estou registrando o evento em Campinas.
Gosto de registrar os mesmos. Por que, de certa maneira, reprocesso o aprendizado que ocorreu. E também por que ofereço uma chance para aqueles que não foram examinem os conhecimentos gerados, identifiquem-se com os participantes etc.
Uma coisa engraçada: não havia sequer um gestor da cidade de Campinas.
Hahahaha, muito boa essa. Realizamos o evento para facilitar a vida do pessoal local e nhecas deles aparecerem.
Tinha gente de Minas Gerais, da capital São Paulo, de Belém do Pará, do interior de São Paulo… mas de Campinas, ninguém!
Das apresentações
Como sempre, a tônica permanente é a “mudança“. Alguém foi promovido, ou está reestruturando o departamento de suporte e assim por diante.
Desta vez tivemos dois temperos extras no evento. Um foi o colega formado em filosofia, o Carlos Robson. A fera enfrentou uma viagem transcontinental de Belém do Pará até Campinas (só pra sofrer um pouco mais, ele ainda precisou descer em Guarulhos e pegar um ônibus até Campinas).
E o Tiago, vindo da Ascenty, que explicou como a filosofia “Metanoia” tem auxiliado a empresa a pensá-la como um todo, e não apenas de forma departamental.
Dos exercícios
Como sempre, todo e qualquer exercício de dinâmica de grupo é um gatilho para gerar debates, controvérsias e oportunidades para troca de experiências.
Quando discutíamos a importância do fluxo de informações, Robson lembrou Pierre Levy e Tiago a “Teoria das Focas” (as focas movimentam-se somente baseadas em alguma recompensa).
Também comentou a “Universidade Ascenty”, onde técnicos ministram cursos e entregam diplomas assinados por eles mesmos.
Recompensas
Uauu…
Gerou assunto a disciplina de “como recompensar os funcionários” entre a turma presente. Veja alguns comentários:
- O melhor técnico avaliado pelos clientes ganha aparelhos de videogame
- “Metanoia” é um conceito que envolve corpo-mente-alma, onde “corpo” é o conjunto de processos, “mente” é o cliente e “alma” é o bem estar dos envolvidos
- “Lave” – Líder de Alto VAlor – o líder apenas facilita e oferece autonomia para os funcionários
- Quem deseja fazer cursos, ganha 50% pagos pela empresa, desde que o conteúdo seja pertinente à função
- Técnicos de suporte também participam das implantações de sistema para “conhecer a realidade”
Metanoia?
Sim, essa foi uma novidade em nossos cursos.
O Tiago explicou que essa filosofia (Metanoia que em grego significa “mudança de direção e mudança de mente“) funciona muito bem dentro de sua empresa. Trata-se de um conjunto de valores e métodos desenvolvidos por Roberto Adami Tranjan, consultor corporativo de empresas.
Se deseja conhecê-lo, visite www.robertotranjan.com.br.
Durante os primeiros momentos, a ideia pareceu um tanto esotérica ao grupo. Mas na medida em que Tiago explicava sua experiência (e também o próprio ceticismo inicial), viu-se que não se trata de assunto de aliens ou gente reclusa. É algo implementável e que vem funcionando por lá.
Claro, convém destacar que o Roberto Tranjan tem um viés religioso-espiritual, assim como o dono da Ascenty (são mórmons, assim como também o autor do livro “Líder servidor – O monge e o executivo“). Talvez seja necessário um certo preparo ou direcionamento de crenças para alcançar o sucesso através da Metanoia. De qualquer jeito, na Ascenty funciona. E muito bem, pelo que declarou Tiago.
Dois livros do Tranjan:
Comentários
Uma bela frase de Mário, da CHB, quando discutíamos posicionamento de alguns clientes que achacam seus fornecedores:
“Sabem qual a diferença entre um cliente extorsivo e um terrorista? É que o segundo negocia“.
Sensacional. Quem nunca se deparou com aquele cliente que diz: “- Se não fizerem isso, rescindo o contrato!!”.
Ainda o Tiago
Pensando fora do quadrado… Esse precisa ser o conceito para acompanhar a fera nas suas métricas internas. Elas envolvem a filosofia da Metanoia, a qual subdivide-se, como comentei arriba, em Alma, Mente e Corpo.
Métricas de Alma
1) Pontualidade e compromisso – admite-se apenas 2% de atrasos, considerada uma determinada variação de tempo. Mais do que isso, o indicador de performance pode indicar uma bolinha vermelha (sinal de que algo precisa de atenção)
2) Reciclar – o objetivo é estar sempre à frente do conhecimento do mercado e para isso estipularam 3 treinamentos por ano para cada integrante
Métricas de Mente (Cliente)
1) Orelhão – se a equipe escuta o cliente
2) Big Ben – se a implantação dos projetos acontece no prazo determinado
Métricas de Corpo (Processo)
1) Siga o mestre – reuniões que acontecem toda a quarta-feira
2) Faça um conjunto – se o técnico está interagindo com todo mundo e com os clientes
Eu não vou citar todas as métricas. Mas percebam como elas ganham nomes mneumônicos, facilmente memorizáveis e possíveis de engajamento de toda a equipe.
Do encerramento
A presença mesclada de gente da área de datacenter, infraestrutura de ti, fábrica de computadores e software-house foi espetacular. Isso traz para o grupo experiências diversas mas que, por analogia, podem ser muito úteis para quem está acostumado com um modo de gerir sua equipe e processos.
Eu sou um cara ordinariamente suspeito para falar, mas os cursos de gestão que ministro são duca! (“– E se eu não for por mim, quem o será, diriai o Talmud“) Por que seguimos a ansiedade do grupo e acabamos discutindo vários assuntos fora do currículo (mas dentro do escopo, gerenciamento de suporte).
Leia comentários desse evento:
- “ – Gostei da interação, do formato do curso, os quebra-gelos iniciais e das dinâmicas“
- “– Poder conversar sobre situações de nosso dia-a-dia de maneira detalhada foi muito importante“
- “– O evento foi bastante inclusivo e superou em muito minhas expectativas“
- “– O contexto geral foi perfeito“
- “– Muito legal a interação e o foco no negócio Service Desk“
Well done.
Estou esperando a turma do Rio de Janeiro e São Paulo, hein?!
Dias 7 e 8 de maio no Rio de Janeiro – veja mais
Dias 13 e 14 de maio em São Paulo – veja mais
Abrazon a todos,
EL Cohen
Algumas fotos: