Existem três feras de nossa área de TI que admiro. São muitas as pessoas que admiro, mas esses são excelentes instrutores na área de suporte técnico.
Pier Riboni, diretor da Rhino Consulting. O tal do chapéu de feltro (hehe, eu também tenho um). Egresso da Procergs, monumento da TI pública estadual do Rio Grande do Sul, o Pier certificou-se nas instâncias mais altas do ITIL. Algumas delas no exterior. Metódico, chato, estilo censor, mas na área de educação, é o cara. E tem Roberto no nome, hehe.
Ery Jardim. Hoje na ETC Ibero America. Ex-milico (experiência em hierarquia, organização etc.), Gerdau – na fase boa de expansão internacional -, SESC RS (foi líder de um processo glamouroso de crescimento). Aliás, esse me deu aula particular de ITIL durante um sábado inteiro. Analogias esplêndidas e uma didática muito dez.
Nino Albano. Ex-Alcoa e outras multis, hoje é diretor de planejamento do HDI Brasil.
Já fiz churrasco pro homê lá em casa, visto que ele é paulistano e raras vezes aparece nos pagos sul-rio-grandenses.
OK, vou carimbá-los com o simpático título de TITÃS DO ENSINO.
Por que são nossos gigantes nacionais na área.
E um dia desses, tive um estalo (insight). Descobri uma terrível cohencidência entre eles.
That’s my question
Por que todos caminharam rumo a tornarem-se certificadores? Tornaram-se homologadores de conhecimento.
O Pier (e a Rhino) viraram centro autorizado de testes da Pearson VUE em 2009. Parabéns.
O Ery foi para a ETC, especializada em certificação Microsoft.
O Nino, no HDI, obviamente puxa a brasa para as certificações da própria entidade.
Katzo, isso me desconcerta.
Como é que o mercado pode abrir mão de três talentos desse quilate para ficarem a gerenciar provas, gabaritos, quantidade de acertos, deixando de lado sua maestria?
Eu é que perdi o bonde? Será que eu deveria também estar certificando alunos?
Eu nada tenho contra serem certificadores. Cada qual escolhe aquele caminho que deseja para sua vida. Se é morar no sul e comer churrasco todo dia ou em Sampa, curtindo a vastidão de oportunidades da city. Ou em Belém, como faz um dos papas de dinâmica de grupos do Brasil, o Mauro Nogueira.
Puxa, me dá um nishguit (expressão ídiche para “chilique”, mas gaúcho macho não tem isso, tem nishguit!) ao imaginar esse trio se retirando da esfera acadêmica e indo gerenciar resultados, metas etc. de certificações.
Certo, alguém pode argumentar que o mundo gira, é preciso trocar as feras, dar oportunidades para surgimento de novas lideranças, novos professores com outras ideias e assim por diante. OK, é preciso haver e acreditar nas mudanças. Ninguém é para sempre.
Mas é exatamente esse o destino dos mais experientes: ensinar. Transmitir conhecimentos e experiências.
Vou lançar uma campanha: Abaixo as certificações. Façamos um movimento para desvalorizar essa moeda.
E assim teremos os três de volta ao campo educacional!
😉
EL Cohen
Certificações pesam no bolso quando por conta própria, apena sei disso…
Salve, Bruno.
Pois é. As empresas mais conscientes creio que pagam inclusive a certificação.
Contudo, não acho que a grande maioria banque a certificação, exceto se tiver interesse no mostruário (mostrar que tem gente certificada, não pelo conhecimento em si, mas no impacto junto ao possível cliente).
Abrazon
El Cohen
Caro Cohen,
Continuo na vida acadêmica, como professor do MBA em Gerenciamento de Projetos em várias cidades do Rio Grande do Sul, pela Unisinos.
Deixei o caminho livre para o Riboni (risos) na área de ITIL e suas variantes.
Também, depois de formar um penca de Governantes de Tecnologia da Informação, aqui no RS e em SC, deixei para eles assumirem o mercado de GTI.
Grande abraço,
Ery Jardim
Pingback: Por que certificação é uma m… – 4HD Blog