Ter acesso ao conhecimento não vale grandes coisas hoje em dia. Com Google, listas de grupos de discussões, etc, a gente chega lá (sem falar no e-mule, hehe).
Recordo de uma época, há muito tempo atrás (acho que vinte anos, hehehe) quando nossa empresa desenvolvia software para corretoras de imóveis.
Dominávamos o mercado de Porto Alegre (grandes coisas!) e um dia perguntei ao dono da imobiliária que obtia sempre melhores resultados:
– Não ficas preocupado que teus concorrentes usem o mesmo software que tu?
E veio a resposta:
– Cohen, nosso diferencial é a capacidade de interpretar os dados. Todo mundo tem faca, mas uns usam pra cortar pescoço, outros pra abrir cartas e outros pra fazer um bom churrasco.
Esse flashback me veio quando circulava domingo passado pelo aeroporto do Congonhas, a esperar meu vôo de volta pra Porto Alegre, após a conferência de métricas.
Acabara de fazer o check-in e dei de cara com a publicidade da Accenture mostrando o Tiger Woods.
Ela sempre esteve ali, mas dessa vez teve um significado especial (a linha vertical mostra: na altura do bloco de notas, “informação 40%” e próximo da cabeça, “interpretação 60%“).
E lembrei do debate que tivemos no sábado.
Supervisores de suporte técnico da Café Melitta, UPS, iVirtua, Tecnocomp (Hosp. Sírio-Libanês, Avon, etc), Vonpar (Distr. Coca-Cola no RS) e Nestlé estavam lá apresentando seus conhecimentos, experiências, dúvidas, etc. entre os colegas.
A pauta centrou-se, em dado momento, muito sobre SLA’s.
E como… As interpretações são diferentes!
Caramba!
Se o chamado/incidente deveria ser suspenso quando o Help Desk aguarda retorno do usuário ou se seria necessário deixar o tempo correr e depois explicar os motivos do não cumprimento do SLA. E o debate se escarafunchando por assuntos bem minuciosos…
E isso foi ESPETACULAR para mim.
Já que a CONFERÊNCIA não é transferência de conhecimento de um instrutor para os presentes, a estrutura do grupo permite se auto-gerir (com o auxílio de um coordenador, eu) dinamicamente.
Era isso – SLA – que o pessoal queria discutir, era o mais “emergente” dentro desse grupo e não as muitas outras métricas. E então ficamos um bom tempo num “ping-pong” digno de campeões coreanos (acho que são os melhores do mundo).
Um frenesi. Uma vontade enorme do grupo de absorver o máximo de conhecimentos. De dialogar num momento ímpar: frente-a-frente com colegas que encontram as mesmas dificuldades.
E você sabe qual o novo logotipo do 4HD?
Um balão de diálogo!!!
Todos lá conheciam bem o assunto.
Mas as interpretações diferentes de cada um somavam. É claro, exige uma certa coordenação (por isso valeu muito o aprendizado de dois anos no pós sobre Dinâmica dos Grupos na SBDG), apresentação de temas e criatividade nos exercícios que despertam o interesse e engajamento.
Mas na real tudo isso é apenas para expressar minha enooooooooooooorme satisfação.
Com os presentes que estiveram envolvidos na conferência. Com a estrutura e modelo do evento que, apesar de causar estranheza, gera um boom de experiências excepcionais!
JUNHO tem mais.
Fique ligado: www.4hd.com.br
Um abrazon,
El Cohen
PS: E confesso que ia iniciar o assunto falando sobre ITIL e como as pessoas desejam “adotar” os conhecimentos obtidos nos livros de uma maneira “ipisi literis” e…
Os resultados são frustrantes. Mas vamos deixar pra outro dia, hahaha.