No artigo entitulado 10 reasons why IT managers fear ITIL, publicado pela Denise Dubie no Network World são listados os “medos que gerentes de TI possuem para não implementar ou encarar o ITIL”. Convém dizer que esta lista é uma compilação da Linh Ho, revisora do ITIL 3.
(Eu sinceramente achei muito engraçado o subtítulo que é o “eles não podem ser utilizados como desculpas, diz a veterana“. Hahaha, me desperta um sentimento de ironia atroz, pois os medos e os contra-argumentos são apresentados… Parece bem um processo de venda. E na verdade o é!).
Ok, vamos destrinchar todos estes dez medos:
- MUDANÇA – Qualquer tipo de mudança em nossa vida sempre gera apreensão. Trocar de namorado(a), casa, cidade, emprego, etc. E mesmo dentro de nosso ambiente profissional isso também acontece. “– Melhor deixar como está; afinal já é um ambiente conhecido e consigo me mover com segurança, sem pisar nos calos dos outros, nem inventar novidades…” O ITIL exige constantemente exibição para o staff e gerências das metas e progressos alcançados… Natural que os gerentes não queiram esta incomodação adicional, hehe…
- MEDIÇÃO – Uma das razões para implementar ITIL é ser mais eficiente. Para fazer isso, é preciso constantemente medir sua própria performance. E divulgá-la. E claro, isso pode ser o próprio atestado de óbito de um gerente ineficiente (hehehe, essa última frase é minha) – quem vai querer colocar na parede do refeitório que não consegue entregar os projetos no prazo; que o Help Desk resolve míseros 10% dos problemas no tempo; que a disponibilidade do sistema para o negócio é ridícula; hein? Hein?
- LIMITAÇí•ES DOS PROCESSOS – Alguns gerentes argumentam que a rigidez dos processos pode engessar e retirar a flexibilidade da TI. Linh Ho diz que não é bem assim, que ITIL permite ter um mix de modelos e que o cliente seleciona para o seu ambiente aquele que melhor se ajusta.
- INVESTIMENTO – Tempo, pessoas e dinheiro são recursos necessários para um processo de implementação de ITIL. Por vezes, esse investimento parece muito caro (alguns são mesmo!!), mas também, segundo a Ho, TI não é algo com gratificação instantânea (como comprar um sorvete, por exemplo). É um projeto de médio a longo prazo para economizar custos e aperfeiçoar os serviços.
- IMITAR OS OUTROS POR MODISMO – Uma vez que o ITIL se mostra como a onda do momento, alguns gerentes de TI se mostram desconfiados de sua utilidade, ainda mais quando se considera que não é um produto tangível mas sim um conjunto de processos. Segundo a autora, o interesse em torno do ITIL cresce cada vez mais, mas isso não significa que ele se adeque a todas as empresas. A sugestão é que não se tente consertar algo que não apresenta problemas somente por que é o “está bombando” na indústria de TI neste momento (hahaha, estou gostando dessa expressão bombando, pareço que sou mais jovem!!).
- SELEÇÃO DE PROCESSOS – Por que o ITIL envolve mais de 10 processos distintos, algumas áreas de TI ficam paralisadas, embananadas com medo de escolher o processo errado para iniciar suas implementações. Daí que o gerente teme gastar tempo e dinheiro investindo recursos num projeto que nunca se pagará.
- COMPLEXIDADE – Segundo a autora, a versão 3 do ITIL agregou um volume maior (50%) em relação à versão anterior. Combinado com o medo de mudança, já citado no primeiro tópico, estagna a TI. É importante refletir é que se trata de processos em evolução, que vão aos poucos progredindo.
- EXPECTATIVAS DOS EXECUTIVOS – Pois é… Não é somente a turma de TI que possui expectativas, mas o pessoal lá de cima que liberou a grana para tocar o projeto de ITIL. Significa que a TI tem que convencer esse povo e ainda gerenciar suas cobranças ao longo do tempo. E entre essa “incomodação” e a inexistência dela, alguns optam pelo mais tranqí¼ilo. Diz a autora: “- O ITIL não é uma bala de prata que resolve qualquer coisa dentro da TI e tais expectativas precisam ser gerenciadas“.
- TAMANHO DA ORGANIZAÇÃO – Alguns departamentos de TI pressupõem que ITIL é somente para grandes corporações. Que estas melhores práticas não funcionariam em pequenos ambientes. Ho contradiz informando que o ITIL é um framework flexível e que se adapta a ambientes de todos os tamanhos.
- ABAFA A CRIATIVIDADE – Por último, há o temor que implantando ITIL e um direcionamento voltado a processos, a criatividade da equipe técnica será asfixiada. E Ho diz que é exatamente o contrário. “– Quando uma organização tem a sua casa em ordem, podem se mover de um estágio reativo de apagar incêndios para outro proativo, organizado, onde há espaço para fecundar a criatividade.”
Abrazon
El Cohen
PS: Fala sério, o texto até pode não ter ficado uma obra-prima, mas as imagens para cada item ficaram legaizinhas, hein?
Muito bom, o texto , tem muitas dicas interessantes